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Fundação Côa Parque inicia visitas às novas descobertas arqueológicas

A recém-descoberta Rocha 60 da Ribeira de Piscos no Vale do Côa, com pinturas a ocre do período pós-paleolítico, revelou que a chamada Arte do Côa se prolonga por milénios

A Fundação da Côa Parque (FCP) anunciou hoje a abertura ao público na quinta-feira, da recém-descoberta Rocha 60 do sítio arqueológico da Ribeira de Piscos, numa área que reúne tipos de arte rupestre dos períodos paleolítico e posteriores.

A presidente da Fundação do Côa, Aida Carvalho, que tem a tutela do Museu do Côa e do Parque Arqueológico, indicou que a data de anúncio do início das visitas não foi escolhida ao acaso, porque a data de 9 de outubro foi declarada Dia Europeu da Arte Rupestre, pelo Itinerário Cultural do Conselho da Europa Caminhos Pré-Históricos.

“Pretendemos assinalar este Dia Europeu da Arte Rupestre com [o anúncio da] abertura ao público desta grande descoberta, que é muito importante para este projeto cultural do Vale do Côa”, indicou Aida Carvalho.

A pintura recém-descoberta, que aparenta representar elementos femininos, está enquadrada na visita ao núcleo de arte rupestre da Ribeira de Piscos, um dos mais importantes do Parque Arqueológico do Vale do Côa (PAVC).

A recém-descoberta Rocha 60 da Ribeira de Piscos, no Vale do Côa, com pinturas a ocre do período pós-paleolítico, revelou que a chamada Arte do Côa se prolonga por milénios, constituindo essa continuidade o interesse da investigação arqueológica que é permanentemente efetuada no PAVC.

O Vale do Côa, um dos maiores santuários mundiais de arte rupestre ao ar livre, com esta descoberta recente, preenche assim um espaço temporal de cerca de cinco mil anos, através da pintura, abrindo perspetivas na investigação e levantando questões sobre a conservação deste património recém-descoberto.

No terreno está o projeto LandCRAFT.5, liderado pelo Centro de Estudos em Arqueologia, Artes e Ciências do Património da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, que teve início em 2020 e permitiu, pela primeira vez, colocar a descoberto pinturas da chamada arte levantina da pré-história pós-paleolítica, ou seja do período mesolítico.

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