Governo chega a acordo com seis associações sindicais dos bombeiros sapadores
O Governo chegou a um acordo com seis associações sindicais dos bombeiros sapadores, sendo o documento sobre aumentos salariais e criação do suplemento de risco assinado hoje, anunciou o gabinete do ministro Adjunto e da Coesão Territorial.
“O Governo, representado pelo ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Castro Almeida, pelo secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, pela secretária de Estado da Administração Pública, Marisa Garrido, pelo secretário de Estado da Proteção Civil, Paulo Simões Ribeiro, e pelo secretário de Estado das Florestas, Rui Ladeira, assina o acordo com seis associações sindicais representativas dos bombeiros sapadores”, refere uma nota do gabinete de Castro Almeida.
Fora do acordo ficam o Sindicato Nacional dos Bombeiro Sapadores (SNBS), que diz ser o mais representativo, e o Sindicato Independente dos Trabalhadores da Floresta, Ambiente e Proteção Civil.
O acordo vai ser assinado pelos sindicatos que apresentaram uma proposta conjunta - Sindicato Nacional dos Bombeiros Profissionais (SNBP), Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (SINTAP), Sindicatos dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML), Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional (STAL) e Frente Comum - e pelo Sindicato Nacional da Proteção Civil (SNPC).
O secretário-geral do Sindicato Nacional da Proteção Civil, Costa Velho, disse à Lusa que o acordo que vai ser assinado é o que foi apresentado pelo Governo na reunião da passada sexta-feira, que inclui aumentos faseados até 2026 e a criação de um novo suplemento, designado por suplemento do bombeiro sapador, de 20% do salário base de cada trabalhador com um aumento faseado - 10% em 2025, 5% em 2026 e 5% em 2027.
O acordo vai ser assinado às 14:30 na sede do Governo, em Lisboa.
As negociações entre o Governo e os bombeiros sapadores ficaram marcadas por vários protestos com rebentamento de petardos e lançamento de tochas, além de uma ocupação da escadaria da Assembleia da República.
Na semana passada, o primeiro-ministro avisou que o Governo esgotou a sua capacidade negocial com as entidades representativas dos bombeiros sapadores e que avançará unilateralmente sem ter em conta as mais recentes aproximações se o impasse persistir.