Académico de Viseu rescinde com Rui Ferreira e contrata Sérgio Vieira

A SAD do A Académico de Viseu FC anunciou ontem a rescisão de contrato, por mútuo acor­do, com o treinador Rui Ferreira e respetiva equipa técnica. De saída estão também os técnicos-adjuntos Fábio Espinho e Carlos Manuel, o preparador físico Jorge Ramiro, e o analista Francisco Oliveira, a quem o Académico expressa “agradecimento pela dedicação, profissionalismo e exigência com os quais sempre serviram o clube”.
Enquanto treinador principal, Rui Ferreira realizou 17 jogos, nos quais contabilizou sete vitórias, cinco empates e cinco derrotas. A SAD do Académico “reconhece e valoriza o impacto positivo do técnico, que desde o primeiro dia abraçou este projeto com determinação e profissionalismo exemplares”.
O técnico escolhido para substituir Rui Ferreira é Sérgio Vieira, de 41 anos, que fez regres­sar na época 2022/2023 o Estre­la da Amadora à I Liga, tal como tinha feito em 2019/2020 com o Farense. O contrato assinado é válido até ao final da presente temporada. Com o técnico chegam também os treinadores-adjuntos Gabriel Santos, Hugo Ferreira e Sérgio Querido, e ainda o treinador de guarda-redes Ricardo Silva.
A sua estreia no Académico está marcada para o próximo domingo, no Estádio Municipal do Fontelo, quando o Académico receber o Vizela, às 11h00.

Bom arranque de época e caída a pique em seguida
O Académico começou bem a época, tendo vencido três dos quatro primeiros jogos. Conquistou os três pontos frente ao Desportivo de Chaves, FC Porto B e Alverca e empatou a duas bolas em Santa Maria da Feira. No final da quarta jornada, ocupava a primeira posição, com 10 pontos, com dez golos marcados e três sofridos.
Da quarta à oitava jornada, foi o descalabro, a contrastar completamente com o auspicioso arranque da temporada. Em quatro jogos, os viseenses apenas conquistaram um ponto, fruto do empate em Felgueiras à sétima jornada, mas perderam frente ao União de Leiria e ao Marítimo, ambos no Estádio Municipal do Fontelo, e na deslocação ao vizinho e rival CD Tondela, onde foram derrotados por 4-1. No final da 8.ª jor­nada, o Académico ocupava a sexta posição, com 11 pontos, 12 golos marcados e onze sofridos.
Outro momento negativo da época foi a eliminação da Taça de Portugal. Na segunda eliminatória, o Académico deslocou-se a Évora para defrontar o Lusitano, equipa do quarto escalão do futebol nacional. A eliminatória foi decidida nas grandes penalidades, tendo sorrido aos locais, cujo guarda-redes, Valverde foi a figura do encontro, ao defender três penalidades.

Viseenses reentram na luta após três vitórias
A equipa de Rui Ferreira repetiu, da 9.ª à 12.ª jornada, o pecúlio das primeiras quatro jornadas da II Liga, ou seja, três vitórias e um empate. À preciosa vitória em Penafiel (9.ª jornada), juntaram-se os triunfos registados em Mafra e em casa frente ao Leixões, todos pelo mesmo resultado, 2-0. A exceção foi o empate na 10.ª jornada, em casa, contra o Benfica B. Estes resultados levaram o Académico ao quarto lugar, no final da 12.ª jornada, com 21 pontos, 19 golos marcados e 12 sofridos.
De novo, após um período de assomo e de reforço da candidatura à subida, os viseenses voltaram a claudicar nos quatro jogos seguintes. Na 13.ª jornada, os comandados de Rui Ferreira foram derrotado pelo Torreense por 1-0. Seguiu-se a receção no Fontelo ao último classificado, a Oliveirense, onde os viseenses alcançaram a sua derradeira vitória na prova, vencendo por 2-1. Nas duas últimas partidas, o Académico somou um ponto com o empate em Portimão (1-1, na 15.ª jornada) e uma derrota em Paços de Ferreira, por 4-3, na 17.ª jornada. Neste encontro, os viseenses estiveram por três vezes a vencer, mas não lograram somar qualquer ponto.

Situação atual na tabela longe de ser dramática
O Académico volta a jogar no domingo, frente ao Vizela. Ocupa atualmente o quinto lugar, com 25 pontos, 25 golos marcados e 19 sofridos. A situação não é dramática em relação aos objetivos de subida, nem essa meta estará irremediavelmente ao alcance do Académico, na medida em que tem apenas menos três pontos que o quarto classifica­do, o Torreense, e menos seis que o segundo e terceiro, CD Tondela e Benfica B, que têm 31 pontos.
A contratação de Sérgio Vieira, sobretudo nesta altura da época, em que nada parece ainda perdido, pode traduzir-se numa aposta mais séria da SAD na subida de divisão.
O técnico tem já duas promoções no currículo e a experi­ência que adquiriu na I Liga pode constituir um factor motivacional para o plantel.