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Proveitos totais do alojamento turístico sobem 10,6% até outubro

Crescimento dos proveitos no acumulado de janeiro a outubro refletiu o acréscimo de 3,7% nas dormidas neste período

Os proveitos totais do alojamento turístico aumentaram 10,6% até outubro e os de aposento cresceram 10,7%, em termos homólogos, para 5.969,1 e 4.619,4 milhões de euros, respetivamente, sobretudo impulsionados pelas dormidas de não residentes.

Segundo as estatísticas da atividade turística divulgadas hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o crescimento dos proveitos no acumulado de janeiro a outubro refletiu o acréscimo de 3,7% nas dormidas neste período, sendo que as dormidas de não residentes cresceram 4,8%, enquanto as de residentes registaram um crescimento inferior (+1,2%).

No período, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) atingiu 74,2 euros e o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) foi de 123,5 euros, o que corresponde a crescimentos homólogos de 6,7% e 6,5%, respetivamente.

Considerando apenas o mês de outubro, o INE dá conta de um abrandamento do crescimento homólogo dos proveitos: Os proveitos totais atingiram 644,1 milhões de euros e os de aposento ascenderam a 490,2 milhões de euros, refletindo subidas de, respetivamente, 9,9% e 10,7% (+11,8% e +12,4% em setembro, pela mesma ordem).

No mês de outubro, a região da Grande Lisboa foi a que mais contribuiu para a globalidade dos proveitos (33,9% dos proveitos totais e 36,5% dos proveitos de aposento), seguida do Algarve (23,0% e 21,2%, respetivamente) e do Norte (16,8% e 17,4%, pela mesma ordem).

Todas as regiões registaram crescimentos nos proveitos, com os maiores aumentos a ocorrerem na Região Autónoma dos Açores (+18,5% nos proveitos totais e +20,7% nos de aposento) e na Madeira (+16,0% e +17,7%, respetivamente).

O crescimento dos proveitos foi também transversal aos três segmentos de alojamento no mês de outubro: Na hotelaria, os proveitos totais e de aposento (pesos de 87,4% e 85,8% no total do alojamento turístico, respetivamente) aumentaram 9,7% e 10,7%, pela mesma ordem, enquanto nos estabelecimentos de alojamento local ocorreram aumentos de 11,9% e de 11,1% (quotas de 9,0% e 10,7%, respetivamente).

Já no turismo no espaço rural e de habitação (representatividade de 3,5% em ambos), os aumentos foram de 11,4% e 10,0%, respetivamente.

No mês em análise, o setor do alojamento turístico registou 3,0 milhões de hóspedes (+3,8%) e 7,6 milhões de dormidas (+2,5%).

O município de Lisboa concentrou 19,6% do total de dormidas em outubro, atingindo 1,5 milhões (+1,6%, mantendo o crescimento registado em setembro), tendo as dormidas de residentes diminuído 3,2%, enquanto as de não residentes cresceram 2,4%. Este município concentrou 22,7% do total de dormidas de não residentes.

Albufeira foi o segundo município com maior número de dormidas (800,0 mil dormidas, peso de 10,6%) e registou um decréscimo de 2,3% (+0,2% em setembro). As dormidas de residentes e as de não residentes diminuíram, respetivamente, 2,4% e 2,3%, tendo este município concentrado 12,5% do total de dormidas de não residentes em outubro.

Já no Porto, as dormidas totalizaram 620,2 mil (8,2% do total), tendo-se observado um crescimento de 4,1% (+1,8% em setembro), com o contributo das dormidas dos residentes (+11,9%) e dos não residentes (+2,9%).

Por sua vez, o Funchal (555,9 mil dormidas, peso de 7,3%) apresentou um crescimento de 1,2% (+1,4% em setembro), em resultado dos acréscimos em ambos os mercados (+7,7% nos residentes +0,2% nos não residentes).

Em todos os 10 municípios com maior número de dormidas em outubro, as dormidas de não residentes superaram as dos residentes.

Entre os municípios com maior número de dormidas em outubro, o INE destaca Ourém (2,1% do total) e Portimão (3,8% do total) com os maiores crescimentos (+10,7% e +9,7%, respetivamente).

Em outubro, o RevPAR situou-se em 74,9 euros (+7,6%) e o ADR atingiu 118,5 euros (+6,3%), tendo este último indicador atingido o valor mais elevado na Grande Lisboa (170,9 euros), seguindo-se o Norte (114,4 euros), a Madeira (109,7 euros) e o Alentejo (105,6 euros).

Considerando a generalidade dos meios de alojamento (estabelecimentos de alojamento turístico, campismo e colónias de férias e pousadas da juventude), registaram-se 3,1 milhões de hóspedes e 8,0 milhões de dormidas em outubro, refletindo crescimentos de 3,1% e 1,9%, respetivamente.

As dormidas de residentes diminuíram 0,7% e as de não residentes cresceram 2,9%.

Dezembro 13, 2024 . 12:48

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