No mês em que se assinala o Dia Mundial da Atividade Física importa reforçar o impacto da prática desportiva na saúde e todos os seus benefícios.

Sabemos hoje que o exercício regular é também capaz de prevenir em até 30% o risco de aparecimento de doenças como a diabetes, demência, depressão, enfarte, cancro, AVC, entre muitas outras. Mas os benefícios não ficam por aqui: vários estudos recentes demonstraram reduções na mortalidade por todas as causas entre 25-30% em pessoas que praticavam exercício físico de forma regular.

Não menos importante, está associado a um envelhecimento com maior independência e qualidade de vida.
A verdade é que, apesar de todas as vantagens, Portugal mantém-se como um dos países mais sedentários da Europa e isso tem um preço na saúde e qualidade de vida da população, sendo necessária uma mudança nos comportamentos.

Para quem pretende contrariar o sedentarismo, uma das principais dúvidas é qual é o tipo de exercício mais benéfico. A verdade é que esta pergunta não tem uma resposta simples, sendo que cada modalidade tem as suas especificidades e o que é melhor para uma pessoa poderá não ser o melhor para outra, dependendo dos seus objetivos, condição física ou presença de algum tipo de doença. Por exemplo, o exercício aquático é útil para minimizar o impacto articular ao mesmo tempo que melhora a condição cardiorespiratória, mas se o objetivo é contrariar os efeitos da osteoporose, uma modalidade com mais carga como o treino de força (fortalecimento muscular) é mais útil.

A combinação de diferentes modalidades é uma ótima opção para colher múltiplos benefícios. De um modo genérico é recomendado realizar pelo menos 2h30 por semana de atividade física aeróbia de intensidade moderada (exemplos – caminhada rápida, corrida, ciclismo, hidroginástica) e exercícios de fortalecimento muscular (halteres, elásticos ou peso corporal) duas vezes por semana. Ainda assim, a individualização da prescrição de exercício é fundamental e deve discutir com o seu médico o seu caso particular.

Incorporar hábitos de exercício leva a vidas mais longas, mais saudáveis e mais gratificantes. Recorde-se: não é preciso ser 100% saudável para praticar exercício (aconselhado por um profissional habilitado), mas é preciso praticar exercício para ter saúde.