
Investigação da GNR apanha suspeitos de burla com peditórios
A GNR constitui arguidos duas pessoas coletivas e oito indivíduos, com idades entre os 24 e os 76 anos, maioritariamente da região, por burla qualificada, associação criminosa e branqueamento de capitais, no âmbito de uma investigação que teve início em 2020 e que envolve peditórios feitos em diversas zonas do país.
O comandante do Destacamento Territorial de Viseu, tenente João Gomes, explicou que “os suspeitos atuavam em rede, altamente móvel, em todo o território nacional, e usavam elementos fraudulentos para se fazerem passar por outras pessoas e entidades”. Os locais escolhidos eram “espaços de elevada afluência”, como, por exemplo, feiras, mas também cruzamentos, entroncamentos e rotundas.
O oficial referiu ainda que, quando abordados pelas autoridades, “apresentavam documentos oficiais e verdadeiros de concursos autorizados”. “Eles agiam um bocadinho a coberto desses concursos, mas, na generalidade, não davam rifas, faziam era peditório”, revelou.
No âmbito da operação ‘The Scheme’, foram realizadas 20 buscas, 13 domiciliárias e sete em veículos, nas localidades de Moimenta da Beira, Braga, Magoito, Amadora, Queluz, Agualva-Cacém, Loures e Pombal, que resultaram na apreensão de 27.843 euros em numerário, dezenas de artigos de vestuário e bens associados a instituições/entidades de solidariedade, seis telemóveis, um tablet, dois computadores, extratos de transferências e de depósitos bancários (alguns internacionais) e cartões de identificação.
A operação envolveu 68 militares, contando com o reforço da estrutura de Investigação Criminal e da valência territorial dos Comandos Territoriais de Braga, Leiria e Lisboa, e da Direção de Investigação Criminal da GNR.