
“A presença dos operadores privados é fruto de um trabalho de proximidade entre a CIM e os municípios à atividade económica”
Pela primeira vez, os operadores privados, restaurantes, alojamentos, promotores de eventos vão estar presentes no stand da CIM Viseu Dão Lafões, na BTL. O que é que isso significa?
Isso significa o trabalho de proximidade à atividade económica por parte de uma instituição, neste caso a CIM Viseu Dão Lafões, que é dos melhores exemplos que nós temos no país e mais concretamente naquilo que eu conheço melhor, à escala da região Centro, em se aproximar, em se ligar às atividades económicas e, portanto, os operadores económicos olham com o regozijo relativamente a esta postura da comunidade intermunicipal.
É bom dizer que não é exatamente uma novidade, é uma novidade do ponto de vista da expressão da BTL, mas do ponto de vista daquilo que é o trabalho feito com os operadores económicos, ele já vem de longe. Lembramo-nos dos vários programas de capacitação e de divulgação que temos tido com a AHRESP e com a comunidade intermunicipal. E, portanto, a AHRESP que representa as atividades económicas aqui expressas, saúdam com satisfação esta cada vez maior ligação, mistura com a comunidade intermunicipal e os operadores económicos. É bom saber que as câmaras municipais, as instituições, o Turismo do Centro, todos aqueles que são as instituições públicas ou parapúblicas não fazem mais do que criar condições para que a economia se possa exprimir e se possa expressar.
E ela expressa-se exatamente também neste modelo, porque quem cria emprego, quem cria riqueza, quem cria economia são os operadores económicos, não são as instituições públicas e portanto, dar acesso aos operadores públicos numa montra como é a BTL, que é a maior manifestação de feira, de contactos e de networking nacional é muito positiva, e portanto os operadores só podem saudar esta iniciativa de que a própria representação da comunidade intermunicipal na BTL, ela própria possa acomodar e ter uma expressão física de acomodar os operadores privados.
Foi divulgado recentemente que este território foi do que mais cresceu em termos de hóspedes. Esta presença é também um reconhecimento do papel fundamental que têm os operadores privados neste sucesso?
Este é essencialmente a expressão do número de dormidas e de receitas no território de Viseu Dão Lafões no ano de 2024, que é um trabalho conjunto de muitas instituições e de muita gente. É essencialmente a expressão de uma estratégia que foi definida pela comunidade intermunicipal, e nomeadamente executada pelo seu secretário executivo lá atrás, há uns quatro, cinco anos, e que começa agora a ter os resultados visíveis do ponto de vista da economia e dos números.
Os números são absolutamente inatacáveis do ponto de vista da expressão, quer no alojamento, quer na restauração quer na expressão de outras atividades ligadas ao turismo. O próprio comércio depois acaba também por ser impactado por esta dinâmica positiva que o território da região de Viseu Dão Lafões acaba por ter e confirmou no ano de 2024. Portanto isto tem muito a ver com a forma como se faz e como se gera a atividade económica no território de Viseu Dão Lafões com um compromisso e uma proximidade muito grande com os operadores económicos, que são aqueles que geram os tais números que falava relativamente a 2024. Foram exatamente os operadores económicos, os privados, que geraram esses números.
"O Covid e o pós-covid, em razão das restrições de viajar, do medo e da preocupação de grandes concentrações humanas levou ao redescobrimento de regiões como a nossa de Viseu Dão Lafões. E os números registados em 2024 comprovam-no”
Isso quer dizer que os operadores económicos, os privados, como refere também, se souberam adaptar aos novos tempos e às novas exigências dos nossos turistas?
Naturalmente que sim. Uma pandemia nunca é uma notícia positiva para nenhum povo, nenhum país, e neste caso para o mundo e não foi uma coisa positiva.
Mas do ponto de vista egoístico daquilo que são as dinâmicas do turismo na nossa região Viseu Dão Lafões, ela foi muito positiva porque os portugueses numa primeira fase, agora mais tarde, os estrangeiros que nos visitam, perceberam durante aqueles anos de pandemia, nomeadamente do ano 2020, 21 e 22, e que veio para ficar, que havia um país que conheciam nem usafruiam. E no pós-Covid redescobriram o Portugal que eles conheciam mas que não estava no seu mindset de escolha de consumo turístico, na primeira linha. E em razão das restrições de viajar, do medo e da preocupação de grandes concentrações humanas levou a esse redescobrimento de Portugal e dos lugares menos densos, menos impactantes do ponto de vista do número de pessoas, acabou por dar aos portugueses, numa primeira fase, como digo, e depois aos estrangeiros, que há um Portugal para redescobrir.
E nós, estas regiões, como a de Viseu Dão Lafões, têm um parque de serviço, têm um conjunto de hotéis, restaurantes, empresas de animação, de atividades que foram muito redescobertas, porque aquelas são do melhor que existe no país, só que não estavam a ser usufruídas e otimizadas na dimensão e na força que se pretende. E o Covid, o pós Covid, veio realmente trazer esta dinâmica para estas regiões que veio para ficar. E, portanto, o Covid já la vai, graças a Deus, e nós fomos das regiões que mais rapidamente recuperou os números pré-pandemia. No ano de 2019 já tínhamos tido números muito bons, em 2023 superámos os melhores números de 2019, e em 2024 acrescentámos valor, quer em número de dormidas e de hóspedes, quer, e essencialmente, no valor económico gasto por cada turista na nossa região e isso aconteceu muito exatamente por esta redescoberta de regiões como a nossa.