ULS de Viseu Dão Lafões satisfeita com anúncio de investimento

A administração da Unidade Local de Saúde (ULS) Viseu Dão Lafões recebeu “com entusiasmo” o anúncio do governo de 37 milhões de euros (ME) para o Centro de Ambulatório e Radioterapia. “O Conselho de Administração da ULSVDL acolhe com entusiasmo este investimento que permitirá diferenciar a ULS e dar resposta às necessidades da população”, adiantou em comunicado.
O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, anunciou, no final do Conselho de Ministros, que foi aprovado um investimento de 30 milhões de euros para o Hospital de Viseu. Um valor que se destina a uma central técnica e ao centro de radioterapia, “reclamações que eram antigas”. Àquele montante acrescem sete milhões de euros para a aquisição de equipamentos.
Na nota de imprensa da ULS, a administração presidida por António Sequeira reforça a decisão aprovada em Conselho de Ministros, afirmando que o valor se destina “à construção do Centro de Ambulatório e Radioterapia, bem como da respetiva Central Técnica”.
O centro de radioterapia é uma promessa política antiga que já passou por várias fases, desde projetos aprovados e, depois, respetivas alterações, concursos lançados que ficaram desertos.
O segundo concurso, e último até à data, foi aberto em agosto de 2024 para a construção do Centro de Ambulatório e Radioterapia, uma vez que as propostas do primeiro procedimento superavam o respetivo preço base.
No concurso publicado em 3 de agosto de 2024 no Diário da República (DR), o preço base da obra era superior a 15,8 milhões de euros.
Segundo a anterior administração da ULS Viseu Dão Lafões, que pediu demissão em 13 de junho de 2024, presidida por Nuno Duarte, “o procedimento de contratação de execução da empreitada de construção do Centro de Ambulatório e Radioterapia teve início em 27 de outubro de 2022”.
A obra em causa tem sido alvo de confronto político em Viseu, com especial foco entre os partidos com assento na Assembleia Municipal, inclusive por já ter atravessado governos de diferentes partidos sem nunca ter sido iniciado.
A polémica remonta a 2017, uma vez que no espaço da ULS Viseu Dão Lafões existe uma placa que regista nesse ano o arranque do projeto de um centro de radioterapia.