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Israel prevê libertar 620 palestinianos

A libertação de hoje é a maior até à data. Normalmente, as pessoas detidas em Gaza depois de 07 de outubro são reenviadas para o enclave, enquanto muitos dos prisioneiros condenados a prisão perpétua são deportados

Israel tenciona libertar hoje 620 prisioneiros e detidos palestinianos, incluindo Nadel Barghouti, o prisioneiro mais antigo (há 45 anos), e 24 mulheres e crianças de Gaza.

Segundo a lista distribuída pela Autoridade para os Assuntos dos Prisioneiros e pela Comissão Palestiniana de Prisioneiros e Detidos, 445 dos libertados foram detidos em Gaza após o ataque do Hamas em 07 de outubro de 2023, incluindo 24 mulheres e crianças, e 11 foram detidos no mesmo local, mas antes dessa data.

Quarenta e três pessoas serão levadas para a Cisjordânia e Jerusalém Oriental e outras 97 serão deportadas para outros países.

A libertação de hoje é a maior até à data. Normalmente, as pessoas detidas em Gaza depois de 07 de outubro são reenviadas para o enclave, enquanto muitos dos prisioneiros condenados a prisão perpétua são deportados.

Na troca do passado 15 de fevereiro, o então diretor da Comissão de Detidos, Qadura Fares, disse à agência espanhola EFE que os deportados poderiam ser distribuídos pelo Paquistão, Malásia, Qatar e Turquia, para além do Egito, para onde são sempre levados em primeira instância. Fares foi demitido esta semana pelo Presidente palestiniano, Mahmoud Abbas.

Segundo Fares, até ao momento, apenas a Turquia, para além do Egito, aceitou prisioneiros e os restantes países “estão a trabalhar nos elementos logísticos” para garantir a chegada de detidos.

Na ausência de confirmação de que os prisioneiros estão a ser levados para esses países, a inclusão do Paquistão, Malásia e Qatar na lista representa um passo em frente, uma vez que durante semanas nenhum outro Estado árabe tinha concordado em receber os deportados.

Entretanto, mais seis reféns israelitas, incluindo um com nacionalidade portuguesa, foram hoje libertados da Faixa de Gaza ao abrigo do acordo de tréguas firmado entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas, que também prevê a libertação de prisioneiros palestinianos.

Desde a entrada em vigor do cessar-fogo, em 19 de janeiro, esta é a sétima troca de reféns por prisioneiros.

O grupo, composto por quatro pessoas raptadas durante o ataque do Hamas de 07 de outubro de 2023 e duas que estavam em cativeiro há cerca de 10 anos, integra os últimos reféns vivos da primeira fase do acordo de cessar-fogo.

No total, a primeira fase do acordo prevê a libertação de 33 reféns até ao início de março, incluindo oito reféns dados como mortos, em troca de cerca de 1.900 palestinianos detidos em prisões em Israel.

Após mais de 15 meses de guerra, que fizeram pelo menos 48.208 mortos e mais de 111 mil feridos, as partes em conflito alcançaram em meados de janeiro um acordo de cessar-fogo, que entrou em vigor a 19 de janeiro.

 

Fevereiro 22, 2025 . 15:00

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