
Moção chumbada com abstenção do PCP e voto favorável do Chega
A moção de censura ao Governo PSD/CDS-PP apresentada hoje pelo Chega foi chumbada na Assembleia da República com a abstenção do PCP e votos favoráveis do partido proponente.
PSD, CDS-PP, PS, IL, BE, Livre e PAN votaram contra. O deputado não inscrito Miguel Arruda (ex-Chega) votou a favor.
A moção, intitulada "Pelo fim de um Governo sem integridade, liderado por um primeiro-ministro sob suspeita grave", tinha origem na situação da empresa da qual Luís Montenegro foi sócio até junho de 2022 e que agora pertence à sua mulher e filhos de ambos.
Durante o debate no parlamento, todos os partidos acusaram o Chega de ter apresentado a moção de censura com o intuito de desviar a atenção das polémicas que têm envolvido membros do partido.
No total, participaram na votação 223 deputados, num universo de 230, e foram registados 171 votos contra, quatro abstenções e 49 votos a favor.
O período de votação eletrónica demorou alguns minutos uma vez que vários deputados estavam a participar nos trabalhos à distância e tiveram que indicar o seu sentido de voto à vez.
Durante este período, o presidente da Assembleia da Republica, José Pedro Aguiar-Branco, chegou mesmo a afirmar que dois deputados se tinham enganado no sentido de voto, situação que entretanto foi retificada.
No final, quando José Pedro Aguiar-Branco anunciou a votação final, os deputados das bancadas de PSD e CDS-PP levantaram-se para aplaudir.