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André Ventura alega que um primeiro-ministro “não pode nunca estar sob suspeita”

Líder do Chega alegou que está em causa “um caso de incompatibilidade patrimonial, flagrantemente evidente”

O líder do Chega, André Ventura, considerou hoje que "um primeiro-ministro não pode nunca estar sob suspeita" e voltou a exigir esclarecimentos por parte de Luís Montenegro sobre a empresa que fundou.

 Na abertura do debate da moção de censura que o Chega apresentou no parlamento, André Ventura afirmou que a razão para a Assembleia da República estar a discutir uma moção de censura "é a incapacidade, a falta de transparência e obstinação de um primeiro-ministro em não responder" e defendeu que o país exige esclarecimentos.

O líder do Chega alegou que está em causa "um caso de incompatibilidade patrimonial, flagrantemente evidente" e disse que Luís Montenegro "fugiu a dar explicações".

André Ventura considerou que uma moção de censura "é sempre um ato definitivo e grave" em que o parlamento diz ao Governo "está na hora de ou dar explicações ou sair".

"Durante dias o país pediu estes esclarecimentos, a oposição pediu esclarecimentos, mas o primeiro-ministro estava mais preocupado em abraçar Lula da Silva do que em dar os esclarecimentos ao país sério e real que os exigia", criticou, lembrando que Luís Montenegro esteve no Brasil nos últimos dias para participar na 14.ª Cimeira Luso-Brasileira.

"Não sei se alguma afinidade há entre si e o Presidente do Brasil, eu quero acreditar que não, o país quer acreditar que não, mas em nome da democracia, peço que deixe claro que é mesmo um homem sério", desafiou.

O líder do Chega quis saber "quando e por que razão constituiu a sociedade imobiliária", quando vendeu a sua quota à sua mulher, mesmo "sabendo que não o podia fazer", por que é que era o seu número de telefone que estava na empresa, "porque pagou renda se vive no local onde a empresa está" sediada, quem são os clientes e "que relação têm com o Estado".

André Ventura questionou ainda "porque é que, já como primeiro-ministro, alterou o objeto social" da empresa e ensaiou ele mesmo uma resposta: "porque sabia que podia vir a fazer negócios nesta área".

O presidente do Chega assinalou igualmente que o líder do executivo classificou como "uma imprudência" o secretário de Estado Hernâni Dias, que entretanto se demitiu e deixou o Governo, ter criado duas empresas que poderiam beneficiar com a nova lei dos solos.

Falando também dos casos conhecimentos nos últimos dias e que envolvem os ministros da Coesão, do Trabalho ou da Justiça, André Ventura considerou que o Governo "mais parece uma agência da Remax".

E pediu a demissão do ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, que vendeu, na semana passada, a quota de 25% que detinha numa empresa imobiliária.

"Senhor ministro, só há mesmo um caminho, sair enquanto ainda pode dar alguma dignidade a este Governo", exortou.

Considerando também que o Governo “se tornou uma agência de empregos”, o líder do Chega afirmou que o executivo “já conseguiu bater o recorde de nomeações e cargos políticos que o PS já tinha batido”.

"Substituímos apenas o cartão rosa pelo cartão laranja, com o mesmo espírito de promiscuidade", acusou.

Ventura considerou ainda que o atual executivo PSD/CDS-PP "continuou a fazer o que de errado o PS tinha feito", por exemplo em áreas como a imigração ou a saúde".

Na intervenção inicial do debate da moção de censura, o presidente do Chega dirigiu-se ainda ao secretário-geral do PS para dizer que Pedro Nuno Santos e o PS se habituaram "à mesma falta de esclarecimentos, à mesma promiscuidade, corrupção, à mesma falta de vergonha do partido que governa Portugal".

 

Fevereiro 21, 2025 . 15:49

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