
“Nós apenas damos valor à segurança interna quando a perdemos”
João Azevedo, lançou o mote para o debate, elencando, como o livro destaca, as estratégias integradas que merecem maior atenção e um sólido seguimento: a proteção civil preventiva, a segurança urbana e a segurança rodoviária. Falou igualmente de várias questões de segurança interna que assolam a cidade de Viseu, “que não têm sido precavidas com a mudança dos tempos”, como o permanente abandono do centro histórico, que potencia a criminalidade, o drástico aumento de acidentes rodoviários no perímetro concelhio e os “números alarmantes” de atropelamentos mortais que têm ocorrido.
Um dos assuntos transversais na apresentação do livro foi a realização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) em Portugal, em 2023, um evento à escala internacional que foi rotulado como um exemplo de uma operação eficiente e um caso prático de segurança. Na altura, José Luís Carneiro liderava o ministério da Administração Interna e foi por isso muito elogiado pelo painel. O bispo de Setúbal, Américo Aguiar, enalteceu a competência das forças policiais nacionais e o trabalho que foi realizado sob a batuta do então ministro, dizendo que “era muito importante passar para o exterior uma boa imagem do país em termos de segurança, competência e rigor, e, no final, senti-me muito orgulhoso de ser português e de estar em Portugal”.
Na sua intervenção, Correia de Campos, antigo ministro da Saúde, também apontou a JMJ como um paradigma de eficiência, porque “a segurança interna é um bem intangível, nós não tocamos a segurança, mas sentimos a insegurança. A segurança é, acima de tudo, prevenção, é antecipar o risco e isso está notavelmente retratado neste livro”.
“Este mundo da segurança é surpreendente para quem leia este livro, ao olhar para a complexidade das funções que hoje estão reunidas no antigo e vetusto ministério do Interior. São 70 mil funcionários, a maioria dos quais fardados e armados, é a complexidade e a variedade das missões. Com este livro, ficamos mais informados sobre políticas públicas de segurança, forças e serviços de segurança e proteção civil. Quem queira saber alguma coisa sobre segurança, tem obrigatoriamente de ler este notável livro”, asseverou Correia de Campos.
Salientando que se vivem “tempos de grandes desafios e incertezas que exigem reflexão e ação”, José Luís Carneiro referiu que espera que o livro “seja uma ferramenta útil para compreender as transformações que atravessamos e um contributo para o debate sobre a segurança interna, num momento em que o mundo enfrenta ameaças cada vez mais complexas e interligadas”.