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CP defendeu hoje reabertura da Linha do Douro entre Pocinho e Barca d' Alva

Há vários anos que é defendida a reabertura do troço entre o Pocinho e Barca d’Alva no distrito da Guarda

O presidente da CP, Pedro Moreira, defendeu hoje que a reabertura do troço da linha do Douro entre o Pocinho e a Barca d’ Alva é de grande importância devido ao seu potencial turístico e de coesão territorial.

Para nós CP [Comboios de Portugal] a reabertura do troço da linha [do Douro] entre o Pocinho e a Barca d’ Alva é de elevada importância pela coesão territorial que é uma das missões da empresa, mas também, pelo grande potencial turístico que esta linha tem”, avançou o presidente do Conselho de Administração desta empresa pública.

O responsável acrescentou ainda que é preciso criar condições nesta região para a receção de turistas, com programas diversificados, eventos e monumentos para visitar, porque o potencial é grande.

O estudo que foi público para a reabertura desta linha avançava que eram pelo menos necessários 250 passageiros por dia. Posso dizer que este número representa três carruagens 'Schindler' de 2ª classe, cheias. Se observarmos que três destas carruagens vão cheias no verão, depressa percebemos que podemos ultrapassar claramente este número e potenciar esta região, em termos turísticos”, especificou.

Pedro Moreira acrescentou ainda que não seria necessário novo material circulante porque o serviço de transporte de passageiros por caminho-de-ferro termina no Pocinho, era só uma questão de proceder ao alargamento deste serviço por mais 23 quilómetros.

Aqui utilizaríamos o mesmo material utilizado até à estação do Pocinho e teríamos de fazer algumas alterações às escalas das tripulações já que se trata de mais tempo de viagem. Se a linha estivesse aberta hoje, a CP poderia implementar o serviço muito rapidamente”, frisou o responsável pela CP.

Pedro Moreira falava à margem da apresentação do cartaz turístico das festividades das amendoeiras em flor que hoje foi apresentada em Vila Nova de Foz Côa, com atividades musicais, culturais, etnográficas, gastronómicas e desportivas, entre outras e que decorrerá nesta cidade do distrito da Guarda entre 14 de fevereiro e 24 de março.

O presidente da Câmara de Vila Nova de Foz Côa, João Paulo Sousa, disse que perante a desativação deste troço de via-férrea [fronteiriço], tudo parava no Pocinho e deixava de haver vida daí para a frente até Barca d’Alva.

Não ficamos parados, porque temos o Museu do Coa e os Passadiços dos Coa. Com o aumento do tráfego na Via Navegável do Douro (VND) é importante repensar o números de pessoas que andam por este território duriense, sendo por isso imperiosa a reabertura deste troço da Linha do Douro, para que se possa fazer circular as pessoas nesta região”, indicou o autarca social-democrata.

João Paulo Sousa acrescentou ainda que só resta, para já, aguardar até 2029 para haver uma decisão da tutela sobre a reabertura deste troço de linha férrea.

 Em 24 de junho de 2024, a Infraestruturas de Portugal (IP) avançava com a ideia de reabilitação e reabertura do troço Pocinho até Barca d’Alva e que na primeira semana desse mês teve início o contrato para a elaboração do Estudo Prévio e Projeto de Execução com o valor contratual de 4,086 milhões de euros.

A Linha Ferroviária do Douro atualmente liga o Porto ao Pocinho (171,522 quilómetros) e há vários anos que é defendida a reabertura do troço entre o Pocinho (Vila Nova de Foz Côa) e Barca d’Alva (Figueira de Castelo Rodrigo), no distrito da Guarda, que foi desativado em 1988.

Fevereiro 7, 2025 . 19:31

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