Cadeia de Vale de Judeus terá inibidores totais de 'drones' e de telemóveis
A cadeia de Vale de Judeus vai ter inibidores que vão bloquear totalmente os sinais de telemóvel e de 'drones'.
A informação foi avançada hoje pelo Diário de Notícias e, à agência Lusa, o Ministério da Justiça esclareceu que a prisão de onde fugiram cinco reclusos em setembro do ano passado terá um projeto-piloto, em que será testada a instalação de inibidores de sinal de telemóvel e de telecomandos de 'drones'.
O caderno de encargos será elaborado pela Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP), ainda não há data para o início deste projeto-piloto, mas o ministério liderado por Rita Alarcão Júdice indicou que “já está, contudo, decidido que o sistema a instalar em Vale de Judeus é o sistema de inibição total”. Além do sistema de inibição total, existe ainda um sistema inteligente que inibe o sinal de forma seletiva.
Em relação à inibição do sinal dos 'drones', o Ministério da Justiça explicou também que o objetivo é “impedir a utilidade de 'drones' que são usados para introduzir objetos nas prisões”.
Depois de implementado e testado o projeto-piloto na cadeia de Vale de Judeus, a DGRSP vai decidir que estabelecimentos prisionais “terão prioridade na instalação de inibidores, sendo certo que o sistema será instalado em todos”.
Além da instalação de inibidores de sinal, serão construídas duas torres de vigilância na cadeia de Vale de Judeus, para aumentar o nível de segurança.
Este projeto-piloto surge na sequência da auditoria feita às condições das 49 prisões que existem no país pela Inspeção-Geral dos Serviços de Justiça e do relatório que analisou especificamente a cadeia de Vale de Judeus.
O resultado da auditoria às 49 prisões foi revelado no final do ano passado e revelou “deficiências” nos equipamentos, organização e gestão de recursos. Em algumas cadeias, revelou o documento, existem torres de vigilância que não funcionam, existe “falta de sistemas que impeçam o arremesso de objetos”, locais desadequados para visitas, carrinhas celulares e de serviço antigas (de 1998 e 2000) e ainda “ausência de uniformização de configuração das câmaras” de vigilância.