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Big Big Train no festival de música progressiva Gouveia Art Rock
O festival de música progressiva Gouveia Art Rock realiza-se entre 1 e 4 de maio e o cartaz, que conta com nomes como Big Big Train ou Richard Thompson, tem este ano mais um dia, mais bandas e mais concertos.
Os ingleses Big Big Train encerram o festival por onde passam também Pete Roth Trio feat. Bill Bruford, os noruegueses Wobbler ou a alemã Monika Roscher Big Band.
Durante quatro dias, estão agendados 19 concertos de 16 bandas na cidade de Gouveia, distrito da Guarda, o evento que se realiza na encosta da serra da Estrela desde 2003.
A organização destacou que este é o único festival de rock progressivo no país, que traz à cidade tanto músicos como visitantes de vários países e põe Gouveia no mapa deste estilo musical.
“Como temos um festival que é autêntico e único, considerado um dos melhores do mundo, e que tem permanecido sempre com uma enorme qualidade, faz com que Gouveia se posicione no panorama nacional como referência da música progressiva”, acentuou Rui Eufrásia, elemento da organização, da responsabilidade da Câmara Municipal.
O responsável salientou os muitos nomes históricos que passaram por Gouveia ao longo dos anos, como Jethro Tull, e afirmou que o Gouveia Art Rock é “um marco e um acontecimento” no concelho, com ganhos turísticos e culturais.
“Tem dimensão e impacto no fomento do turismo, é fator de atração do território e, em termos musicais, estarmos na cena musical mundial da música progressiva”, frisou Rui Eufrásia, em declarações à agência Lusa.
O elemento da organização do festival, com direção de Eduardo Mota, mencionou também a possibilidade de ver grandes referências da música progressiva num ambiente intimista, a sala do Teatro Cine de Gouveia, com capacidade para 330 lugares por espetáculo, assim como falar com músicos ou os espetadores poderem facilmente cruzar-se com os elementos das bandas na rua, num meio pequeno.
A faixa etária predominante no Gouveia Art Rock são pessoas acima dos 60 anos vindas de diferentes pontos do globo, embora Rui Eufrásia tenha enfatizado que há gente que cresceu com o festival, que se faz um esforço para apresentar também novos nomes da música progressiva, para agradar a várias idades, introduzir “algo inesperado” e cativar público mais jovem.
“Temos apostado num festival que, além de trazer referências mundiais do progressivo, também propomos que os espetadores sejam desafiados por nós a conhecer outras bandas”, acrescentou o elemento da organização, segundo o qual a programação tem em consideração a diversificação da origem dos músicos.
Além do Teatro Cine de Gouveia, estão previstas iniciativas paralelas, como o concerto de abertura, com a norte-americana Courtney Swain, no edifício da Câmara Municipal.
Para a Biblioteca Virgílio Ferreira está previsto o debate temático relacionado com música e, na Igreja de São Pedro, um músico, este ano de guitarra, vai ser desafiado a adaptar a sua música ao espaço.
Pela primeira vez há um espetáculo direcionado para as escolas de Gouveia.
“É importante que os alunos percebam que no seu concelho existe um festival, o que é isto da música progressiva, dar-lhes esse enquadramento”, sublinhou Rui Eufrásia.
Pelo Gouveia Art Rock passam ainda os austríacos Blank Manuskript, Rita Maria & Filipe Raposo, os franceses Oiapok, os italianos Mad Fellaz, os belgas Motyk, o neerlandês Rolf Van Meurs, os noruegueses Siril Malmedal Hauge & Kjetil Mulelid, os franceses Poil Ueda, os Fil’Mus2 ou os ingleses Zopp.
A lotação tem sempre esgotado e os primeiros bilhetes postos à venda, na quarta-feira, a 135 e 140 euros, para zona central, venderam-se em poucos minutos.