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“A vertente humana é o que nos distingue da concorrência”
Uma referência no ramo do comércio de material de construção e elétrico, a Paviléctrica, há mais de 35 no mercado, abriu no dia 2 de janeiro as portas das suas novas instalações, na rua Nova das Belgas Longas, n.º 2, em Viseu.
A mudança ficou a dever-se ao crescimento da empresa e à necessidade de oferecer melhores condições aos clientes, fornecedores e colaboradores. Distinguida ao longo dos anos com os estatutos de PME Líder e PME Excelência, a Paviléctrica conta com uma vasta gama de produtos dos setores de material elétrico e de construção, assumindo um forte compromisso com a qualidade, variedade e serviço excecional.
A empresa nasceu em 1989 em Castro Daire, só com material elétrico. Em 1994, com a saída do fundador, a sociedade ficou entregue aos seus filhos, Luís e José Morais. Em 2003, a empresa abriu a primeira loja em Viseu e, em 2006, José Morais saiu da sociedade, atualmente a empresa conta com 25 colaboradores.
Luís Morais, sócio fundador da Paviléctrica, falou com o Diário de Viseu e analisou a atualidade da empresa.
No dia 2 de janeiro a Paviléctrica abriu ao público a sua nova casa em Viseu, esta mudança está a corresponder de acordo com as expetativas?
Existem sempre pequenos pormenores que têm de ser alinhados no início, mas, de um modo geral, está tudo a correr de acordo com as expetativas.
Estamos a habituar-nos ao novo espaço e a novos processos de atendimento, mas já temos praticamente tudo definido, desde local para atendimento, exposição/showroom e armazenamento de material.
Quem nos visitar poderá encontrar um espaço mais acolhedor e com melhores condições de atendimento.
Que feedback tem recebido dos clientes e fornecedores?
Tem sido um feedback bastante positivo. Tenho passado grande parte do tempo de trabalho pelo setor de atendimento ao público e vou falando com os clientes. O que me têm transmitido é que a empresa está muito mais organizada e que melhorou bastante nos processos de atendimento, já não existe tanto tempo de espera, devido à implementação do novo sistema de senhas. Temos colaboradores dedicados ao atendimento ao público e outros dedicados ao atendimento a profissionais.
Achamos que esta separação criará uma maior agilidade de processos e uma maior rapidez no atendimento.
Esta passa a ser a única loja da empresa em Viseu?
Sim, com a criação desta nova casa da Paviléctrica em Viseu decidimos centralizar a loja, armazém e escritórios num único edifício. A sede continuará em Castro Daire, num prédio com cinco andares, no centro da vila.
Era este o passo que se impunha para a Paviléctrica ao fim de 35 anos, assumindo novos desafios e novos mercados?
Acredito que sim, estamos preparados para este passo, temos uma equipa muito capaz. Para mim, a parte fundamental de uma empresa é a vertente humana, e eu nesse aspeto posso dar-me por contente, porque tenho uma boa equipa, são praticamente uma segunda família. Quero que eles sintam a empresa como se fosse deles, porque se a empresa tiver sucesso e crescer será bom para todas as partes.
Sente uma maior responsabilidade por se tratar de um negócio/empresa familiar?
A responsabilidade foi e será sempre a mesma, independentemente do crescimento da empresa a responsabilidade que tinha antes é a mesma de agora. Estou nesta empresa desde a sua criação e não sinto muitas diferenças, já estou habituado a essa responsabilidade. Aliás, esta nova casa da Paviléctrica é mesmo um projeto pessoal, quis oferecer outras condições de trabalho aos nossos colaboradores e proporcionar melhores condições de atendimento aos nossos clientes, foi essencialmente por isso que eu decidi avançar para a construção deste novo edifício.
A Paviléctrica está no 170.º na lista das mil maiores empresas do distrito e registou um volume de negócios de 7,2 milhões de euros em 2023, mais 200 mil euros que no ano anterior. Pode dizer-me se esse crescimento se repetiu em 2024?
Ainda não temos as contas de 2024 fechadas, mas o nosso volume de negócios ronda os 7,6 milhões de euros, portanto uma subida de 400 mil euros em relação a 2023 e um crescimento de 5 ou 6%. Somos uma empresa completamente viável e bem de saúde.
A abertura destas instalações é o reflexo do crescimento da empresa?
Sim, tal como referi anteriormente, o objetivo sempre foi proporcionar outras condições de trabalho aos nossos colaboradores e melhorar condições de atendimento aos nossos clientes.
Os escritórios/serviços administrativos vão continuar em Castro Daire ou passam para Viseu?
A nível de contabilidade, fica para já em Castro Daire, o nosso contabilista encontra-se lá, embora venha a Viseu uma vez por semana. Nesta nova casa em Viseu, continuaremos com os serviços administrativos essenciais.
A Paviléctrica trabalha atualmente com 40 marcas. Este número poderá crescer nos próximos meses?
Pode, sim. Felizmente, temos tido bastantes fornecedores que pretendem formar uma parceria com a Paviléctrica.
A empresa conta com 35 anos de existência, os fornecedores conhecem o nosso crescimento e atualmente são eles que nos abordam para vendermos as suas soluções.
Tiveram na inauguração das instalações e no aniversário cerca de 600 pessoas. Esta também é uma forma de evidenciar a pujança da empresa e de consolidar a sua posição no mercado?
Não, de todo, creio que a nossa posição no mercado se evidencia através das nossas soluções e do atendimento que prestamos aos nossos clientes. A inauguração e a festa de aniversário decorreram num ambiente familiar, tal como tem vindo a suceder ao longo dos anos, quando comemoramos o aniversário. É uma forma de agradecimento às pessoas que nos ajudam nesta caminhada, aos nossos colaboradores, clientes e fornecedores. Tivemos presente o vice-presidente da Câmara Municipal de Viseu, João Paulo Gouveia, e o presidente do Município de Castro Daire, Paulo Almeida. Já me perguntaram se iria mudar a sede da Paviléctrica para Viseu, porque o volume de faturação é superior ao de Castro Daire, mas a nossa história teve início em Castro Daire e nós prezamos todos os caminhos dados ao longo dos anos, desta forma a sede não sofrerá qualquer alteração.
Como analisa a concorrência da Paviléctrica no mercado atual?
A concorrência é sempre boa, só assim uma empresa continuará a inovar e a oferecer novas soluções ao mercado.
Se não existir concorrência qualquer empresa pode estagnar e no meu entender isso não é saudável.
Assim, obriga-nos a procurar novos mercados, novos fornecedores, novos desafios e oferecer o melhor preço possível aos nossos clientes.
O que distingue a Paviléctrica da concorrência?
O que nos distingue da concorrência é a parte humana, que é fundamental. Os nossos colaboradores criam com os nossos clientes a relação familiar que tenho estado a frisar ao longo desta conversa. A relação colaborador-cliente é algo que prezamos e que tentamos que cresça ao longo do tempo.
Por outro lado, esta relação só poderá crescer se os nossos colaboradores estiverem sempre motivados e preparados para os desafios apresentados no dia-a-dia. Para tal tentamos melhorar os nossos processos internos e proporcionar aos nossos colaboradores as melhores condições possíveis, apesar da escassez de mão de obra qualificada, nós temos conseguido sempre ultrapassar esse obstáculo.
Faz festas de aniversário de cinco em cinco anos. Sendo assim, o que quer agradecer quando comemorar os 40 anos da empresa?
Não gosto muito de falar em objetivos. Mas quando fizermos 40 anos, vou certamente agradecer a todas as pessoas por estarem connosco e por nos acompanharem ao longo destes anos, acima de tudo por continuarem a ser nossos clientes e fornecedores.