![Mau tempo](https://www.diarioviseu.pt/wp-content/uploads/sites/8/2024/09/Mau-tempo.webp)
Chuva, vento e queda de neve
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê para os próximos dias um agravamento do estado do tempo em Portugal continental devido aos efeitos da depressão EOWYN, com precipitação, por vezes forte, vento, agitação marítima e queda de neve, destacando-se: períodos de chuva, por vezes forte, em especial nas regiões Norte e Centro, podendo ser acompanhados de trovoada; Vento forte com rajadas até 90 km/h no litoral e nas terras altas; Agitação marítima forte na costa ocidental com ondas até 5 metros, podendo atingir os 7 metros no dia 26 de janeiro; Queda de neve nas regiões Norte e Centro, a partir da tarde do dia 27 (segunda-feira).
De acordo com a informação da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), podem ocorrer variações significativas dos níveis hidrométricos nas zonas historicamente mais vulneráveis, em particular nos dias 25 e 26 de janeiro: Bacia do Minho - aumento significativo das afluências nos rios Minho e Coura; Bacia do Lima - aumento significativo das afluências com possibilidade de impacto nas povoações ribeirinhas, em especial em Ponte da Barca e Ponte de Lima; Bacia do Cávado - aumento significativo das afluências e possibilidade de impacto a jusante de Vilarinho das Furnas e da Caniçada; Bacia do Douro - aumento significativo das afluências, incluindo na sub-bacia do Tâmega e do Sousa, com possibilidade de impacto nas zonas ribeirinhas; Bacia do Vouga - aumento significativo das afluências, incluindo a jusante de Ribeiradio, bem como na sub-bacia do Águeda; Bacia do Mondego - aumento significativo das afluências a Coimbra; Bacia do Tejo – caudais elevados. Não se prevê aumento das afluências de Espanha, não sendo expectáveis situações críticas.
Os episódios de precipitação, vento, agitação marítima e queda de neve, estão normalmente associados à ocorrência de inundações em zonas urbanas, causadas por acumulação de águas pluviais por obstrução dos sistemas de escoamento ou por galgamento costeiro; ocorrência de cheias, potenciadas pelo transbordo do leito de alguns cursos de água, rios e ribeiras; instabilidade de vertentes, conduzindo a movimentos de massa (deslizamentos, derrocadas e outros) motivados pela infiltração da água, fenómeno que pode ser potenciado pela remoção do coberto vegetal na sequência de incêndios rurais, ou por artificialização do solo; piso rodoviário escorregadio devido à possível formação de lençóis de água ou à acumulação de gelo e/ou neve; possíveis acidentes na orla costeira, devido à forte agitação marítima; arrastamento para as vias rodoviárias de objetos soltos, ou ao desprendimento de estruturas móveis ou deficientemente fixadas, por efeito de episódios de vento forte, que podem causar acidentes com veículos em circulação ou transeuntes na via pública; desconforto térmico na população devido ao aumento da intensidade do vento.
Com base nestas previsões, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) recorda que o eventual impacto destes efeitos pode ser minimizado, sobretudo através da adoção de comportamentos adequados, pelo que, e em particular nas zonas historicamente mais vulneráveis, se recomenda a adoção das principais medidas preventivas para estas situações, nomeadamente: garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas; garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas; ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte; ter especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a galgamentos costeiros, evitando a circulação e permanência nestes locais.