Quatro pessoas detidas após incêndio em estância de esqui na Turquia
Quatro pessoas foram detidas hoje após um incêndio numa estância de esqui ter provocado pelo menos 66 mortos no centro da Turquia, disse o Ministro da Justiça turco, Yimlaz Tunc.
Segundo Tunc, quatro pessoas foram detidas e levadas pelas autoridades, incluindo o gerente do hotel.
O incêndio aconteceu no Grand Kartal Hotel, um estabelecimento de luxo de 12 andares na estância de Kartalkaya, na província de Bolu, que fica a 170 quilómetros a leste de Ancara. O fogo provocou a morte de pelo menos 66 pessoas e outras 51 ficaram feridas, de acordo com os números mais recentes divulgados pelas autoridades turcas.
Segundo o ministro do Interior do país, Ali Yerlikaya, que confirmou o número de mortos, o incêndio começou às 03:27, no horário local (00:27 em Lisboa). De acordo com as autoridades turcas, 238 clientes estavam registados no hotel.
"O incêndio já está controlado e as operações de resfriamento" continuam, acrescentou Yerlikaya, que se deslocou ao local com vários outros membros do Governo.
A causa do incêndio ainda não é conhecida. Os funcionários do hotel ajudaram a retirar os hóspedes e testemunhas relataram a falta de alarmes e detetores de fumo nas instalações.
De acordo com o canal de televisão privado NTV, pelo menos três pessoas morreram depois de saltarem de janelas.
O incêndio começou nos andares superiores e depois se espalhou rapidamente para o resto do edifício devido ao revestimento exterior de madeira, segundo a comunicação social turca, que divulgou imagens de grandes chamas a sairem das janelas e do telhado, assim como nuvens de fumo negro.
O ministro do Interior turco afirmou que "todas as medidas serão tomadas se a investigação demonstrar que houve negligência ou que foram cometidos erros".
Já o ministro da Justiça anunciou que a investigação foi confiada a "seis procuradores", que serão apoiados por uma comissão de peritos.
O Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, garantiu, durante uma reunião do seu partido (AKP), que "tudo será feito para esclarecer todos os aspetos da tragédia e responsabilizar os culpados”.