Hamas promete reconstrução de Gaza e luta por Estado palestiniano
O movimento islamita palestiniano Hamas afirmou que Gaza, "voltará a erguer-se para reconstruir” o que foi destruído pela guerra com as forças israelitas, no primeiro dia do cessar-fogo com Israel.
O Hamas referiu ainda que os esforços para reconstrução de Gaza continuarão “até que a ocupação seja derrotada e que seja estabelecido um Estado palestiniano com Jerusalém como capital”.
Pela primeira vez em mais de um ano, a população de Gaza acordou após uma noite sem bombardeamentos, no dia que se seguiu à entrada em vigor do acordo de cessar-fogo entre o Hamas e Israel, com a possibilidade de encarar finalmente para o futuro incerto.
O primeiro dia do cessar-fogo foi marcado pela libertação de três reféns israelitas, raptadas durante os ataques do Hamas de 7 de outubro de 2023, e de 90 prisioneiros palestinianos (69 mulheres e 21 menores).
Na primeira fase do acordo, que entrou em vigor no domingo após 15 meses de conflito na Faixa de Gaza, Israel e o Hamas concordaram com um cessar-fogo de seis semanas, durante o qual 33 reféns israelitas serão gradualmente trocados por mais de 1.900 prisioneiros palestinianos.
Durante as seis semanas, serão igualmente realizadas negociações para uma segunda fase da trégua, que permitirá a libertação de todos os reféns israelitas em Gaza e lançará as bases para o fim da guerra.
A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada pelo ataque sem precedentes do Hamas ao sul de Israel, em 7 de outubro de 2023, no qual mais de 1.200 pessoas foram mortas e cerca de 250 foram levadas como reféns para o enclave, controlado pelo Hamas desde 2007.
Após o ataque do Hamas, Israel desencadeou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, provocando mais de 47 mil mortos e cerca de 111 mil feridos, na maioria civis, e um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.