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Festival de cinema Indiejúnior regressa ao Porto dia 27

9.ª edição do festival reflete sobre a comunidade e contextos atuais do mundo com mais de 50 filmes selecionados

A 9.ª edição do IndieJúnior – Festival Internacional de Cinema Infantil e Juvenil do Porto vai realizar-se em diversos espaços da cidade, entre 27 de janeiro e 2 de fevereiro, com mais de 50 filmes selecionados, foi hoje anunciado.

A temática desta edição do festival reflete sobre a comunidade, estando o programa, a seleção dos filmes e as atividades paralelas relacionadas com essa questão, explicou à Lusa a programadora Irina Raimundo.

Olhamos para os filmes selecionados nesta edição e para os contextos atuais do mundo, como as migrações, as guerras e as agressões contra as crianças em várias partes do globo e, através destes filmes, vamos criar espaços para refletir sobre como podemos ser melhores e mais fortes em comunidade, debater como se desenvolvem as empatias, o espírito de construção coletiva, os ganhos positivos que há no fazer e no descobrir em conjunto”, sublinhou.

Segundo Irina Raimundo, a cerimónia de abertura, além da apresentação de uma seleção particular de filmes, será marcada por um momento de encontro entre organizadores e professores, pais e parceiros, que tornam possível a plena vivência do festival pelo seu público-alvo: bebés, crianças, adolescentes e jovens.

Nas sessões escolares, a programadora destaca as que acontecem no âmbito do projeto educativo “Eu Programo um Festival de Cinema”, no qual, durante a semana, participantes das escolas vão poder conversar e ver os filmes escolhidos e programados por jovens das quatro turmas envolvidas neste projeto: os alunos do 3.º 17, do Agrupamento de Escolas da Maia, os alunos do 6.° F do Agrupamento de Escolas Soares dos Reis – Vila Nova de Gaia, os alunos do 9.°6 da Escola Secundária João Gonçalves Zarco – Matosinhos, e os alunos do 11.º D da Escola Secundária Filipa de Vilhena – Porto.

Será uma oportunidade também para ver um significativo número de filmes portugueses e conversar com cineastas e equipas”, disse.

No Maus Hábitos acontece este ano, no âmbito de uma colaboração com o Festival Porto Femme, uma sessão de curtas-metragens que aborda “dimensões variadas num percurso de crescimento e de vida numa atmosfera feminina”.

Passaram 50 anos sobre o 25 de Abril, como é que ainda há tanto por fazer ao nível da sexualidade ou ao nível do feminino? E no caso, vamos ter, por exemplo, um filme sobre menstruação. Foi um filme escolhido por alunos. É giro, mas foi difícil a escolha, porque foi escolhido por uma turma de muitos rapazes. É muito giro porque fala sobre a dificuldade ou a culpa. Precisamos de dizer que é um processo natural, que é a base da sobrevivência da espécie, e temos que retirar aqui algum peso que socialmente ainda existe à volta disto”, considerou Irina Raimundo.

Este ano, regressa à sala Novo Ático, no Coliseu, “o mais fofo Cinema de Colo do mundo, para juntar a comunidade de pais com bebés e crianças pequenas, para ver cinema pela primeira vez, num espaço cenográfico acolhedor e livre para explorar”, salientou.

Na rubrica “O Meu Primeiro Filme”, que se dedica a mostrar clássicos de cinema, foi convidada a vice-reitora da Universidade do Porto Fátima Vieira, que escolheu “O Feiticeiro de Oz”, de Victor Fleming.

A outra longa-metragem agradará certamente aos fãs do Studio Ghibli – ‘Gato Fantasma Anzu’, de Yoko Kuno e Nobuhiro Yamashita, foi produzida entre a França e o Japão, e passou pela última edição do festival de Cannes. Um filme de animação, em antestreia no festival”, destacou.

Na competição de ‘curtas’ destaque para as sessões Comunidade de Curtas I e II, com filmes como “Percebes”, de Alexandra Ramires e Laura Gonçalves, finalista a uma nomeação para os Óscares, ou “Uma Guitarra à Deriva”, que trata questões próximas à temática do festival, como localidade, família e emigração.

Estas e outras curtas vão a concurso para três prémios: o prémio do público do IndieJúnior, que será definido por todo o público que passar pelo festival através da votação nas sessões, o prémio Impacto, oferecido pela Reitoria da Universidade do Porto e que visa premiar um filme pela importância temática, cuidado estético e criatividade, e o prémio APEI (Associação de Profissionais da Educação de Infância), que terá nesta edição o seu primeiro ano de existência, numa parceria importante com o festival que permitirá destacar com maior atenção um filme da competição, destinado à primeira infância.

Desde 2017, o festival IndieJúnior visita salas da cidade do Porto, como o Batalha Centro de Cinema, a Biblioteca Municipal Almeida Garrett, a Casa das Artes, a Reitoria da Universidade do Porto, o Coliseu do Porto e o Maus Hábitos, durante sete dias.

Janeiro 9, 2025 . 12:44

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