Município de Tarouca e a Aldeias Humanitar reforçam papel do cuidador comunitário
Na última reunião de 2024 da Assembleia Municipal de Tabuaço foi apresentado o modelo para a criação daqueles que serão os Núcleos de Amparo Humano, a funcionar nas freguesias do concelho, pela Associação Aldeias Humanitar.
No mesmo dia, decorreu a assinatura de um protocolo entre o município e a associação, reforçando, assim, a intervenção e o compromisso na luta contra o desamparo humano.
“Desde 2017 no terreno, a intervenção da Aldeias Humanitar tem tido um impacto significativo e é já um apoio imprescindível na vida de muitas pessoas e famílias por toda a região, assumindo desde o início o compromisso que "na luta contra o desamparo humano. Todos somos Humanitar”, salientou a autarquia.
Por sua vez, Domingos Nascimento, da Aldeias Humanitar, referiu que “hoje, reforçamos a ligação com a assinatura de um protocolo com o município e a apresentação na Assembleia Municipal do modelo para a criação de Núcleos de Amparo Humano nas freguesias que o desejarem. O Aldeias Humanitar agradece a confiança e felicita o município pelo continuado compromisso com o amparo humano na vila e aldeias deste concelho”.
Associação lançou o primeiro cuidador comunitário
O primeiro “Cuidador Comunitário” do país está a trabalhar, desde 2022, num projeto piloto no Douro Sul, aldeia de Vila da Ponte, em Sernancelhe, mobilizando os territórios para a inovação social. A Aldeias Humanitar tem vindo desde 2019 a reivindicar a criação de uma função profissional que permita dar amparo às pessoas idosas que decidem viver o mais tempo possível nas suas casas.
O cuidador comunitário está na aldeia, apoiando de forma continuada nas suas casas as pessoas que necessitem e manifestem vontade de ter este amparo. No caso deste projeto piloto, o “Cuidador Comunitário” é uma cuidadora, de 24 anos, com formação profissional em auxiliar de saúde, que reside numa das aldeias próximas e foi enquadrada com o apoio do Instituto deEmprego e Formação Profissional.
“A Aldeias Humanitar ambiciona contribuir para que as nossas aldeias sejam verdadeiramente “Comunidades Amparadas”, dando qualidade de vida às pessoas, permitindo-se que a vida humana não se “extinga” nestes territórios. Precisamos de manter vivas as aldeias do interior dePortugal”, explicou a direção do Aldeias Humanitar.
O Aldeias Humanitar revelou ainda que “para mostrar a importância desta resposta e ajustar o modelo de amparo do profissional “Cuidador Comunitário”, o projeto piloto é fundamental, pois terá avaliação técnica e científica para que sirva de referência e permita os ajustamentos que se venham a revelar necessários.
“A desertificação humana veio colocar os territórios do interior em colapso funcional,particularmente pela inexistência de retaguardas familiares ou de serviços. O trabalho meritório das instituições locais, das juntas de freguesia e dos municípios, é já insuficiente para dar resposta às novas necessidades, desejando-se a implementação do “Cuidador Comunitário” para amparar as pessoas nas suas casas, agora em situação de isolamento e/ou vulnerabilidade provocadas pelo processo agudo de desertificação humana das nossas aldeias, concluiu a associação.