2.200 mortos e desaparecidos no Mediterrâneo em 2024
Mais de 2.200 pessoas morreram ou desapareceram no Mediterrâneo em 2024, 1.700 das quais na rota do Mediterrâneo central, avançou hoje a diretora regional da UNICEF para a Europa e Ásia Central.
Segundo Regina De Domicis, as vítimas incluem centenas de crianças e adolescentes.
O número é idêntico ao registado em 2023, quando foram contabilizados 2.271 mortos no Mediterrâneo Central pela Organização Internacional para as Migrações (OIM).
Ainda assim, representa um crescimento de cerca de 60% em relação a 2022, quando o número contabilizado era de 1.413 pessoas.
Os números avançados pela UNICEF foram divulgados após um naufrágio na véspera de Ano Novo, no qual cerca de 20 pessoas que tinham partido da Líbia foram dadas como desaparecidas.
Os sete sobreviventes, incluindo um menino de oito anos que perdeu a mãe, foram levados para a ilha de Lampedusa e depois transferidos para um centro de acolhimento em Agrigento, na Itália.
A rota migratória do Mediterrâneo Central para a Europa é uma das mais mortais do mundo, partindo habitualmente da Tunísia, Argélia e Líbia em direção à Itália e a Malta.