Turismo vai bater recordes em 2024 com mais de 30 milhões de turistas
Portugal vai fechar o ano de 2024 com números recorde no turismo, ultrapassando os 27 mil milhões de euros de receita, com mais de 30 milhões de turistas estrangeiros e 80 milhões de dormidas.
Os números foram revelados hoje pelo secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, na inauguração da reconversão da antiga estação ferroviária da Lousã em Alojamento Local, no âmbito do Fundo Revive Natureza.
Naquele concelho do distrito de Coimbra, o governante adiantou que a região Centro tem registado crescimentos significativos, acima da média nacional, e que 2024 vai também bater o recorde histórico das quase oito milhões de dormidas em 2023.
Segundo o secretário de Estado do Turismo, estes números colocam ao país o desafio maior de qualificar a experiência turística, melhorando as condições dos turistas que se pretende atrair e, simultaneamente, diversificar a oferta de produtos e fazer com que o turismo seja uma atividade com cobertura nacional.
Pedro Machado salientou a capacidade dos diversos organismos nacionais para colocar na “capacidade operativa aquilo que são os patrimónios nacionais, alguns deles que estão no Revive Património ou no Revive Natureza, no qual estão mapeados dezenas de imóveis”.
“Este exemplo [da antiga estação ferroviária da Lousã] é bem o paradigma que é possível conciliar a utilização destes patrimónios com uma atividade económica [turismo], seja na ótica de melhores condições para receber os turistas nacionais seja, em particular, cada vez mais, de aumentarmos exponencialmente a atratividade de mercados internacionais”, sustentou.
Para o governante, o esforço de descentralizar pontos de atratividade, de conectividade, e a campanha conjunta entre municípios, entidades regionais de turismo, instituições no sentido de podermos cada vez mais diminuir a sazonalidade para aumentar a estadia média, precisa deste tipo de infraestrutura”.
A antiga estação ferroviária da Lousã funciona desde o dia 25 de abril como unidade turística, com alojamento, cafetaria e venda de artesanato e produtos endógenos, pela mão do empresário Fernando Pereira, de Miranda do Corvo, com o nome Estação Lousã-Alojamentos com História.
A unidade dispõe de oito quartos equipados (duplos, twins e familiares), alusivos ao transporte ferroviário que serviu durante mais de um século o ramal da Lousã, desativado há mais de 12 anos na sequência do Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM) que deverá entrar em funcionamento no final do primeiro semestre de 2025.
A antiga estação ferroviária da Lousã entrou em funcionamento em 1906, no mesmo dia em que foi inaugurada a linha de caminho de ferro entre Coimbra e Lousã, tendo 30 anos depois sido enriquecida com a instalação de oito painéis de azulejos alusivos à história e identidade daquele concelho.
No âmbito do programa Revive Natureza, que colocou a concurso 32 imóveis para reconversão, nove já estão requalificadas e em exploração e os restantes estão em recuperação ou início de requalificação.
A administradora da Fomento Fundos, sociedade gestora do programa, disse aos jornalistas que a maioria dos edifícios está a ser reconvertida em alojamento local, embora alguns se destinem a restauração ou espaços de ‘coworking’.
“Ainda temos um conjunto de quatro imóveis, dois deles são complexos grandes – um na Marinha Grande e outro em Quintanilha (Bragança) – que ainda vão ser objeto de lançamento de concursos”, adiantou Rita Lavado.