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A evolução dos instrumentos musicais: Do clássico ao moderno

Durante milhares de anos, a música desempenhou um papel de relevo no desenvolvimento da nossa cultura, nomeadamente como meio de expressão, de narração de histórias e de comunicação. E, ao longo do tempo, naturalmente, os instrumentos musicais também foram acompanhando esse mesmo desenvolvimento.

Hoje em dia, uma ida a uma loja de instrumentos musicais expõe-nos a uma variedade quase esmagadora de instrumentos - desde os modelos acústicos consagrados pelo tempo até aos seus equivalentes eletrónicos mais modernos: testemunho dos séculos que assistiram a esta mudança e inovação.

A origem dos instrumentos musicais: uma breve história

A história dos instrumentos musicais começa com as ferramentas e materiais básicos que os primeiros seres humanos encontraram no seu ambiente. Ossos, conchas e madeira foram transformados em instrumentos musicais primitivos que permitiam às pessoas expressarem-se através do ritmo e da melodia. Um grupo de arqueólogos terá descoberto na Alemanha inclusive uma flauta com mais de 30.000 anos feita apenas de ossos de aves e marfim. O que só demonstra o quão importante a música sempre foi para a humanidade, mesmo em tempos praticamente imemoriais.
Estas flautas primitivas, cujos furos eram feitos ao longo do osso, seriam utilizadas para rituais e entretenimento. Com as diversas culturas de todo o mundo a desenvolverem estilos e a utilizar materiais diferentes.
Outro instrumento musical que surgiu na antiguidade é o tambor, que depressa se terá tornado numa componente fundamental da produção musical primitiva. Feitos de peles de animais esticadas sobre paus ocos ou potes de barro, ressoavam facilmente com o ritmo natural do coração humano.
Um pouco mais tarde, a lira e a harpa, que terão tido origem no Egipto e na antiga Mesopotâmia, destacaram-se como tendo sido as primeiras experiências de sucesso da humanidade na criação de instrumentos de cordas, lançando assim as bases para o que seriam inovações posteriores, como alaúdes, violinos e guitarras, todos eles comuns nas lojas de música atuais.

Como a tecnologia transformou os instrumentos musicais modernos

Com o aumento da tecnologia, como os instrumentos musicais eram construídos e tocados começou a mudar drasticamente. O som tornou-se mais refinado e passou a ter um alcance mais alargado. A invenção da metalurgia trouxe consigo a criação de máquinas mais precisas, capazes de produzir uma gama tonal mais ampla, que, por sua vez, influenciou, por exemplo, o início da produção de instrumentos de metal como os trompetes e as trombetas, dignos sucessores de instrumentos mais simples, como o shofar e a trompa primitiva.
Os avanços tecnológicos nos séculos XVIII e XIX revolucionaram, ainda, a produção dos instrumentos de teclado. O cravo, popular durante a era barroca, acabou por ser substituído pelo piano, que permite um controlo dinâmico do som através de inovações como o mecanismo de martelo, permitindo aos músicos tocar com maior expressão e nuance. O piano moderno é hoje um dos instrumentos musicais mais emblemáticos encontrados nas lojas de música, tendo-se tornado um símbolo de todo um século de evolução musical e tecnológica.
O século XX assistiu ainda a outro salto tecnológico: o aparecimento da componente eletrónica. A criação da guitarra e piano elétricos mudou por completo o panorama da música popular, nomeadamente através da amplificação do som, que permitiu aos músicos atuar para públicos cada vez maiores.
O advento do sintetizador marcou um novo capítulo no desenvolvimento de instrumentos musicais. Os sintetizadores utilizam sinais elétricos para criar sons, permitindo aos músicos inovar e apresentar à sua audiência experiências acústicas nunca escutadas. Inventado por Robert Moog, em coautoria com o compositor Herbert Deutsch, o sintetizador tornou-se um elemento básico da música nos anos 60 e 70, e a sua influência ainda hoje se faz sentir em géneros como a música eletrónica, pop e hip hop.

Instrumentos de cada época: do piano ao sintetizador

Se prestarmos atenção ao passado, quase sempre os instrumentos musicais refletiram os avanços tecnológicos e as mudanças culturais da altura. Eis um breve resumo da evolução dos instrumentos musicais ao longo dos tempos. Com especial destaque para o percurso desde o piano clássico até aos sintetizadores modernos.

Época Clássica – Piano

Inventado por Bartolomeo Cristofori no início do século XVIII, o piano tornou-se rapidamente num instrumento básico na música clássica devido à sua capacidade de produzir uma mais ampla gama de sons do que o cravo e o clavicórdio. Atualmente, o piano continua a ser a pedra angular da educação musical e do espetáculo, podendo ser adquirido em lojas de música por todo o mundo

Época Industrial – Guitarra Elétrica

O século XX trouxe consigo novos materiais e a capacidade de massificar a produção, o que, por sua vez, permitiu a proliferação de guitarras elétricas, tornadas populares por artistas como Chuck Berry e Jimi Hendrix, revolucionando assim a música moderna e ajudando os músicos a expandir o seu som para níveis sem precedentes.

Época Digital – Sintetizador

Os sintetizadores surgiram como uma inovação tecnológica no final do século XX, permitindo aos músicos criar sons novos e experimentais. A ascensão dos sintetizadores na música eletrónica eventualmente tornou-se uma necessidade em géneros como o techno, o house ou a new wave. Os sintetizadores de hoje são extremamente diversificados, combinando frequentemente tecnologias analógicas e digitais.

Conclusão

A evolução dos instrumentos musicais conta a história da criatividade humana, da inovação e da evolução cultural. Desde as simples flautas de osso até aos complexos sintetizadores digitais atuais, cada instrumento musical reflete a história das pessoas que o conceberam e tocaram. E por isso mesmo podemos concluir que à medida que a tecnologia for avançando, também as prateleiras das lojas de música continuarão o seu caminho em direção ao futuro sem nunca deixar de lado o passado que o criou.

Novembro 8, 2024 . 13:32

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