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O turismo em Viseu Dão Lafões cresceu acima da média da região Centro e do país

O verão chegou ao fim e é tempo de fazer balanços e tirar conclusões de mais uma campanha promovida pela comunidade intermunicipal. Em entrevista ao Diário de Viseu, o secretário executivo, Nuno Martinho, avança um crescimento de 14% relativamente ao ano passado. Segredo? Estruturar os produtos e a oferta e trabalhá-la com todos os agentes

Que balanço faz da campanha deste verão promovida pela Comunidade Intermunicipal Viseu Dão Lafões ?
Antes de irmos aos números gostaria de referir que a Comunidade Intermunicipal Viseu Dão Lafões tem vindo a fazer um trabalho de promoção do nosso território, de notoriedade do nosso destino Viseu Dão Lafões. É um trabalho que faz articulado estratégico e operacionalmente com as entidades que estão também no terreno, desde logo o Turismo Portugal, o Turismo Centro de Portugal, a Comissão Vitivinícola Regional do Dão que tem um dos principais ativos do nosso território que é o vinho do Dão, e através disso também o enoturismo. Temos também, obviamente, trabalhado muito com os privados do nosso território, sejam eles do alojamento, da restauração ou das empresas de ativo.

De que forma tem sido estruturado esse trabalho num território formado por 14 municípios e tantos outros agentes?
O nosso trabalho tem-se notado em três verticais fundamentais, desde logo a questão relacionada com a estruturação do produto turístico, em que temos trabalhado os produtos turísticos de base intermunicipal, o produto de gastronomia e vinhos associado ao enoturismo, o turismo natureza muito ancorado num produto compósito, com a trave mestra nas ecopistas do Dão e do Vouga, mas também com os nossos percursos pedestres, os circuitos trail, os circuitos BTT com mais de 1.700 quilómetros. Depois, obviamente, a saúde e o bem-estar. A região tem a principal estância termal em São Pedro Sul e valemos 50% do país, portanto, 50% dos aquistas do país estão em São Pedro Sul. Mas temos também o turismo cultural, os nossos eventos, numa perspetiva em que também temos vindo a acrescentar uma nova camada, que é a questão do megalitismo e da rota do megalitismo, em que estamos num processo de candidatura deste património a património mundial da UNESCO. Esta constelação de produtos turísticos valem por si e valem muito mais na capacidade que nós temos de fazer a combinação cruzada entre eles para aumentar também a estadia média no nosso território. Este é o primeiro vertical, a estruturação de produto turístico. O segundo tem a ver com a capacitação do sistema turístico e a qualificação da nossa oferta, que é decisiva também para a notoriedade do destino. E aí temos vindo a trabalhar muito com a AHRESP, uma associação do setor. No âmbito desta cooperação, fizemos recentemente a segunda fase do produto gastronomia e seleção e o programa também piloto a nível nacional, que foi o programa Best Wine Selection, muito associado também à questão do serviço dos vinhos nos nossos restaurantes. Entregámos galardões a vários restaurantes, portanto, a qualificação e a capacitação do setor privado, com a AHRESP e também com a Vini Portugal. Mas também fizemos a capacitação do sistema turístico, dos técnicos, dos agentes económicos que estão ao longo da rota dos vinhos do Dão. A capacitação do sistema turístico é, para nós, decisiva enquanto forma de garantirmos e até reforçarmos a nossa qualidade.

Novembro 4, 2024 . 07:00

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