Festival de Cinema Europeu de Sevilha vai assinalar a "Revolução dos Cravos"
O Festival de Cinema Europeu de Sevilha, marcado para novembro em Espanha, vai assinalar os 50 anos do 25 de Abril de 1974, com uma escolha de documentários e ficção feitos naquela década.
De acordo com o festival, previsto de 8 a 16 de novembro, o programa pretende mostrar alguns dos filmes que registaram “um episódio que marcou o início da democracia em Portugal”, mas também obras de ficção feitas no mesmo período.
Entre os filmes escolhidos estão “Cenas da luta de classes em Portugal” (1977), de Robert Kramer e Philip Spinelli, o filme coletivo “As Armas e o Povo” (1975), assim como “A fuga” (1978), de Luís Filipe Rocha, e “Máscaras” (1976), de Noémia Delgado.
Além deste programa, o festival de Sevilha contará com cerca de uma dezena de filmes portugueses e do espaço da lusofonia, nomeadamente “Grand Tour”, de Miguel Gomes, candidato ao novo prémio “Puerta América”, e “Banzo”, de Margarida Cardoso, presente na seleção oficial.
“Sob a chama da candeia”, de André Gil Mata, “Ubu”, de Paulo Abreu, “O vento assobiando nas gruas”, de Jeanne Waltz, “By Flávio”, de Pedro Cabeleira, “Estamos no ar”, de Diogo Costa Amarante, "O poeta rei", de Carlos Gomes, e “Hanami”, de Denise Fernandes, também vão ser mostrados em Sevilha.
O realizador moçambicano Inadelso Cossa vai estar presente no festival com o filme “As noites ainda cheiram a pólvora” e para um encontro com estudantes sobre “A arte de narrar um conflito bélico”.
A realizadora Regina Pessoa levará àquela cidade espanhola uma exposição sobre os bastidores do trabalho de criação e produção dos seus filmes de animação e tem previsto uma ‘masterclass’ sobre “A arte de brincar com a luz”.
Estarão também presentes na programação vários filmes com coprodução portuguesa: “Praia Formosa”, da brasileira Júlia de Simone, “Os naufragados”, do realizador espanhol Jorge Peña Martin, o filme espanhol “Caja de resistência”, de Concha Barquero Artes e Alejandro Alvarado Jódar, e o premiado “Tardes de Soledad”, do espanhol Albert Serra.