Fénix 520 (Cinco Dois Zero) ‘renasce’ em Carregal do Sal
A Fénix nasceu no Brasil mas já dá passos seguros em Portugal exatamente no concelho de Carregal do Sal. Coincidência? Talvez não. A sua criadora, Carolina Pereira, tem família na região de Aveiro. Mas não só. Carregal do Sal é o concelho onde nasceu Aristides de Sousa Mendes que foi cônsul em Porto Alegre, a terra natal desta empresária.
“Como eu trabalho com a terapia holística e muito através do on-line, o meu padrinho que já tem empresas nesta área do digital, de documentação para imigrantes ajudou-nos a fazer uma experiência que deu certo”, afirma, recordando que uma visita de férias a Paris inspirou a casal a vir viver para a Europa e a escolha recaiu sobre Portugal.
Explicando que “a família do tio é toda de Aveiro”, Carolina Pereira reconhece que Carregal do Sal lhe pareceu “um local muito energético” e aponta o Museu Aristides de Sousa Mendes, em Cabanas de Viriato, como um excelente exemplo dessa energia.
Atualmente, a empresária vive em Setúbal onde o marido, que é engenheiro, trabalha ligado a uma empresa de Aveiro.
A paixão pelas questões holísticas
E Fénix, porquê?, quisemos saber. “Porque trata do renascimento, porque o ser humano está sempre a renascer, sempre a aprender o tempo todo. E o empreendedorismo para mim foi isso mesmo”, afirmou em conversa com o Diário de Viseu. Quanto aos números, que devem ser lidos cinco dois zero e não quinhentos e vinte, tem a ver com “os números grabovoi, ou seja, os números da prosperidade, da fartura”.
Formada em administração de empresas, Carolina Pereira trabalhava numa multinacional no Rio Grande do Sul mas “apaixonou-se pela herança familiar, pelas questões holísticas e de terapias que herdou do lado da bisavó, descendente de franceses”. “Eu fui aprendendo e chegou um ponto em que tive que decidir se continuaria a trabalhar nesta multinacional ou empreenderia numa área em que me sentisse realizada”, afirmou, reconhecendo que “não existe mágica, mas sim o livre arbítrio e a nossa própria vontade porque cada um movimenta a sua vida”.
A trabalhar com numerologia, com cromoterapia, com pontos franceses que não é muito habitual, no que é parecido com acupuntura mas através dos chácras e da energização, Carolina Pereira explica que “a terapia holística é hoje uma profissão, regulamentada em Portugal onde existe uma associação que reconhece os terapeutas holísticos vindos do Brasil”. Quando perguntamos de que se trata explica que “esta terapia trabalha os pontos das pessoas através da numerologia, do mapa astral, do Tarot”.
O povo português sabe que não há magia
E há diferenças entre o povo brasileiro e português na sua procura por este tipo de terapia?, perguntámos. “Eu noto que o brasileiro quer muito a magia, algo rápido que é o que não existe, ao contrário do português que é mais paciente, que entende que para chegar onde quer, precisa do auxílio”, respondeu, explicando que “quem trabalha com esta terapia holística apenas pode ajudar a equilibrar a energia”. O que Carolina Pereira faz também com as suas ligações à Neurociência e à Hipnologia, no lado do holístico.
Adiantando que atende muitos homens portugueses, a empresária explica que “eles também querem evoluir, querem renascer e começar uma nova fase”. “Ás vezes nós culpamos o outro pelo que está a acontecer connosco e não nos olhamos e o que eu faço é mostrar-lhes que podem renascer o tempo todo e olhar uma nova fase”, afirma, adiantando que “em Portugal, mas também em Espanha ou em França tem ainda “a questão do machismo, sendo por isso muito importante tentar um novo olhar, tentar melhorar”.
E dentro deste ambiente, por outro lado, as mulheres vão procurando ser mães, empreendedoras, escolher uma carreira tentando conciliar tudo isto. O que é possível desde que sejam traçadas prioridades.
E será de empreendedorismo e de prioridades que se vai falar e ouvir falar no próximo dia 26 durante um encontro organizado por Carolina Pereira e pela AMAE – Associação Mais Apoio Empresário de Carregal do Sal, representada pela sua presidente Susana Ribeiro. Este encontro, onde será apresentada a Fénix 520, vai envolver um conjunto de mulheres empreendedoras de várias nacionalidades, num dos locais onde realmente faz sentido: o Museu Aristides de Sousa Mendes. Um encontro sobre o qual o Diário de Viseu irá falar numa próxima edição.