É preciso “gritar” pela identidade das mulheres rurais do interior do país
O olhar aguado e a voz trémula de Aida Coelho ainda lhe deixaram escapar algumas palavras de desassossego. Ali esteve em honra da mãe Lurdes e de todas as mulheres do interior do país. Falamos daquelas que vivem em territórios onde as noites são ainda mais cerradas e os caminhos por si só encurvados. Terras onde a distância é uma certeza e que apenas sobrevivem pelas mãos de quem não arreda pé. Sabemos que chegou a hora de “nós, mulheres, sermos reconhecidas e de todos termos mais condições para estas aldeias não ficarem desertificadas”.
E, para isso, juntaram-se mais de 40 mulheres de aldeias dos concelhos de São Pedro do Sul, Trancoso, Vouzela e Viseu, em nome do mais recente manifesto da União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR). Querem mais direitos, reconhecimento e, acima de tudo, uma identidade que lhes garanta a sobrevivência das suas aldeias.
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