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Bombeiros contestam proibição de entrarem fardados no parlamento 

Os bombeiros profissionais deram na segunda-feira um prazo até ao final do mês para o Governo responder às suas reivindicações laborais

A Associação Nacional dos Bombeiros Profissionais (ANBP) e a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) contestaram hoje a proibição de entrada de elementos fardados no parlamento para assistir a um debate sobre a sua situação.

Uma hora antes de começar o debate sobre a profissão de bombeiro, que está previsto para as 15:00, os bombeiros que pretendiam deslocar-se fardados às galerias da Assembleia da República (AR) tiveram de ir desfardar-se para entrarem no parlamento.

Os bombeiros que querem entrar no parlamento têm de passar por quatro controlos para não ficarem concentrados junto à porta lateral, que dá acesso às galerias, e alguns sapadores fardados encontram-se no exterior do Palácio de São Bento.

“Não se compreende a decisão do presidente da Assembleia da República de proibir a entrada de bombeiros fardados. Isto é só lançar gasolina para a fogueira e de fogos percebemos nós”, disse à Lusa Fernando Curto, presidente da ANBP, à entrada do parlamento, onde a PSP está a condicionar a entrada.

O parlamento debate hoje dois projetos de lei do PCP que visam reforçar os direitos e regalias previstos no estatuto social do bombeiro e valorizar aquela profissão, através do seu reconhecimento como uma carreira de desgaste rápido.

Um dos projetos de lei, segundo o deputado António Filipe, visa "melhorar o estatuto social do bombeiro no sentido, por um lado, de repor regalias e direitos que os bombeiros já tiveram e que há uns anos perderam", mas, por outro, acrescentar novos direitos "para que a carreira de bombeiro seja mais atrativa".

Os deputados irão também debater um outro diploma do PCP que se prende com as carreiras dos bombeiros sapadores mas também dos bombeiros profissionais das associações humanitárias, propondo "uma valorização das suas carreiras, que tenha apenas não apenas a questão remuneratória e dos subsídios que lhes devem ser atribuídos", mas também a "penosidade e perigosidade das missões desempenhadas".

Na terça-feira, o Governo anunciou a criação de um grupo de trabalho que vai preparar uma proposta de carreira, benefícios, regalias e formação para os bombeiros voluntários e profissionais.

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