Edmundo González diz que vai tomar posse como Presidente da Venezuela
O político e dirigente da oposição ao regime venezuelano, Edmundo González Urrutia afirmou hoje que vai “tomar posse a 10 de janeiro como Presidente da Venezuela”.
Confrontado com a possibilidade de deixar o exílio espanhol e voltar à Venezuela antes de 10 de janeiro para naquele dia tomar posse, González ironizou que também poderá antecipar o regresso, já que Nicolas Maduro antecipou o Natal.
“Se Maduro antecipou o Natal, também poderei antecipar o meu regresso”, observou.
González começou por dizer que espera "regressar o mais rapidamente possível", lembrando que 10 de janeiro é o dia "definido constitucionalmente para a tomada de posse do governo".
Quanto às atas do Centro Carter, que dão a vitória a Edmundo González nas eleições presidenciais de 28 de julho, considerou que "falta decisão política para respeitar os resultados e a vontade dos venezuelanos".
Na apresentação feita no Fórum, González disse que deixou a Venezuela perante "pressões inenarráveis e ameaças extremas que tocavam o núcleo mais próximo" da sua família.
O dirigente da oposição ao regime de Nicolas Maduro apontou o dedo à existência, na Venezuela, "de uma censura informativa inclemente que mantém os venezuelanos alheios a qualquer cobertura noticiosa imparcial".
Para González, "de um lado está a democracia e a justiça, do outro, o autoritarismo e o atropelo".
A Venezuela realizou eleições presidenciais em 28 de julho, após as quais o CNE atribuiu a vitória a Nicolás Maduro com pouco mais de 51% dos votos, sem nunca ter divulgado as atas da votação, o que levou grande parte da comunidade internacional a não reconhecer o resultado.
A oposição venezuelana contesta os dados oficiais e alega que o antigo diplomata Edmundo González Urrutia, obteve quase 70% dos votos.