Recolha de alimentos para animais em risco
A associação Animalife vai dar início à 35.ª edição do Banco Solidário Animal (BSA), “a maior campanha nacional de recolha de bens alimentares para animais em situação de risco”, disse à Lusa o presidente da Animalife, Rodrigo Livreiro, sublinhando que este ano a iniciativa será marcada também “pela urgência em apoiar os animais” e famílias afetadas pelos incêndios ocorridos na semana passada no norte e centro do país.
A campanha decorrerá nos três próximos fins de semana em mais de mil hipermercados do norte a sul do país.
Nos dias 28 e 29 de setembro será nas lojas do Continente; no fim de semana seguinte será nas lojas do Auchan, Pingo Doce e Mercadona e, nos dias 12 e 13 de outubro, será novamente no Mercadona e no Intermarché.
Quem quiser ajudar poderá adquirir vales solidários ou doar diretamente alimentos e produtos essenciais para animais, como trelas, coleiras, comedouros, areia e produtos de limpeza.
Os incêndios que devastaram o norte e centro do país atingiram famílias com animais, mas também as associações zoófilas, que “enfrentam agora a falta de alimentos e cuidados básicos”, contou à Lusa o presidente da Animalife.
Em colaboração com diversas associações de proteção animal e voluntários, a Animalife “está a mobilizar-se para garantir que a ajuda chegue a todas as zonas mais afetadas”, acrescentou.
"Estamos a viver tempos desafiantes e os incêndios só vieram agravar a situação de vulnerabilidade de muitas famílias e animais. Esta edição do Banco Solidário Animal é um apelo nacional para que ninguém fique para trás. Contamos com a solidariedade dos portugueses para nos ajudar a superar as metas e prestar um apoio decisivo a quem mais precisa”, acrescentou o presidente da associação fundada em 2011 com o propósito de combater o abandono animal.
A Animalife tem como missão apoiar os animais errantes, mas também as famílias e pessoas carenciadas que têm animais a cargo.
Os incêndios florestais da semana passada consumiram cerca de 135 mil hectares, em especial na região de Viseu Dão Lafões (onde arderam cerca de 52 mil hectares), Tâmega e Sousa (mais de 25 mil hectares), região de Aveiro (mais de 24 mil), seguido da Área Metropolitana do Porto, Alta Tâmega e Ave, com uma área ardida superior a nove mil hectares cada.