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Prisioneiros recrutados pela Rússia voltaram a praticar crimes

A relatora da ONU para os direitos humanos na Rússia denuncia a continuação dos crimes por parte dos prisioneiros russos, recrutados para combater na Ucrânia

A relatora da ONU para os direitos humanos na Rússia, Mariana Katzarova, alertou hoje que os prisioneiros russos que fizeram parte de 170 mil reclusos recrutados pelo Exército para combater na Ucrânia voltaram a cometer crimes no regresso ao país.

Em conferência de imprensa sobre a situação de direitos humanos na Rússia, a relatora afirmou que as principais vítimas dos condenados que voltaram ao seu país, depois de incorporarem as forças armadas na guerra da Ucrânia, são mulheres, rapazes e raparigas, que sofrem de violência sexual e assassínios.

Katzarova destacou que o regresso dos condenados “aumentou a violência contra as mulheres na Rússia”, que já era “muito elevada”, com milhares a morrerem todos os anos em consequência de violência doméstica e outros crimes.

Na Rússia não existe nenhuma lei que criminalize claramente a violência doméstica ou de género, declarou a especialista em direitos humanos na apresentação à imprensa do seu relatório mais recente sobre a situação no país.

Além disso, a relatora da ONU destacou que nos casos de condenados que voltaram a cometer crimes, o facto de terem lutado na guerra contra a Ucrânia é utilizado como atenuante e os tribunais emitem sentenças mais brandas contra eles.

O relatório vai ser apresentado na terça-feira ao Conselho de Direitos Humanos da ONU.

 

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