Tábua quer Área Integrada de Gestão da Paisagem específica para zonas ardidas
O presidente da Câmara de Tábua defendeu hoje a criação de uma Área Integrada de Gestão da Paisagem (AIGP) específica para as áreas afetadas pelo fogo, que permita a plantação em escala de espécies mais vantajosas e resilientes.
“Esta é uma oportunidade única para as zonas que arderam e que agora ficaram sem nada plantado. Se o território ardeu, acho que seria importante haver legislação que permita, em diversas áreas e com a escala necessária, plantar espécies mais resilientes aos incêndios”, sustentou Ricardo Cruz.
Em declarações à agência Lusa, o autarca referiu que esta ideia, que visa tornar a floresta mais resiliente, pode também ser extensível a outros municípios afetados pelo fogo.
“É importante ter em conta o que agora se vai plantar, para depois não se voltar a passar pelo mesmo. Não pode ser ao gosto de cada um, com o proprietário A a meter uma coisa e o proprietário B outra, porque assim não se ganha a escala necessária para plantar espécies mais resilientes aos incêndios”, alertou.
No seu entender, todas as pessoas devem contribuir para que este flagelo não continue associando-se a um modelo de intervenção adequado para a recuperação e regeneração da paisagem.
O concelho de Tábua, no interior do distrito de Coimbra, foi atingido nos últimos dias por um incêndio onde perderam a vida três bombeiros da corporação de Vila Nova de Oliveirinha (Tábua) e onde ardeu uma área que se estima que "seja superior a 1.100 hectares".
De acordo com o presidente da Câmara Municipal de Tábua, durante o dia de hoje foi desativado o Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil do Município, que tinha sido ativado na terça-feira, pelas 12:00.
A decisão foi tomada com a “resolução favorável da situação de emergência, restabelecimento da segurança e das condições de normalidade no território”.