Reativações em Penalva do Castelo impedem resolução do fogo
As reativações que se estão a registar no incêndio em Penalva do Castelo, no distrito de Viseu, impedem a resolução do fogo, disse à Lusa fonte da Proteção Civil.
Fonte do Comando Sub-regional de Viseu Dão Lafões, garantiu, contudo, que as “reativações estão a ser prontamente dominadas”.
“É o que nos preocupa neste momento. Enquanto continuarem não poderemos dar o incêndio como em resolução”, acrescentou a mesma fonte.
O fogo teve início às 00:15 de segunda-feira, numa zona de mato na localidade de Vila Cova do Covelo/Marreco, Miuzela, passando para outros concelhos. Neste momento, são as reativações que estão a complicar o trabalho dos operacionais.
A página da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil indicava, às 12:46, que estavam no terreno 251 operacionais, apoiados por 63 veículos.
No distrito de Viseu, o incêndio que mais preocupa é no concelho de Castro Daire, que teve início em Soutelo, na noite de segunda-feira, e que mobiliza 503 operacionais, apoiados por 105 veículos.
Sete pessoas morreram e cerca de 120 ficaram feridas nos incêndios que atingem desde domingo sobretudo as regiões Norte e Centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Vila Real, Braga, Viseu e Coimbra, e que destruíram dezenas de casas e obrigaram a cortar estradas e autoestradas.
A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 106 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões Norte e Centro já arderam perto de 76 mil hectares.
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) contabilizava, às 19:30 de quarta-feira, 34 incêndios ativos, sendo que destes 18 assumiam uma dimensão “significativa” e mobilizavam mais meios. No combate a estes 18 incêndios estavam envolvidos 2.434 operacionais, apoiados por 734 meios terrestres e 23 meios aéreos.
O Governo declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias.