Proteção Civil garante que meios estão a ser enviados
O comandante nacional de emergência e proteção civil garantiu hoje que os meios de combate aos incêndios estão a ser enviados para o terreno, considerando que o país “ainda não entrou em falência” de recursos.
“Não entramos ainda em falência de meios, é preciso garantir o refrescamento dos meios, ou seja, nós tentamos ao máximo que os operacionais sejam revezados, sejam trocados com alguma regularidade, o que permite as condições de segurança”, disse André Fernandes, na conferência de imprensa realizada na Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em Carnaxide, Oeiras, para fazer um ponto de situação dos fogos que lavram no norte e centro do país.
O comandante nacional garantiu que “o despacho de meios” de combate aos incêndios “está a ser feito”, sendo disponibilizados “à medida que vão sendo solicitados”, mas sustentou que “a situação é complexa” e “às vezes os meios têm que fazer várias intervenções”.
Questionado sobre as queixas de alguns autarcas sobre a falta de meios no terreno, André Fernandes disse compreender essas queixas e que “é natural que haja essa perceção”.
“A situação é deveras complicada, os meios estão divididos por diversos teatros de operações e diversos municípios e portanto é natural que haja a perceção que faltem meios, os meios vão sendo disponibilizados à medida que vão sendo solicitados”, disse, precisando que “há reforço de meios, há coordenação e contacto permanente com as autarquias”.
O comandante nacional negou ainda que tenha existido falhas no sistema de comunicações SIRESP.
Mais de uma centena de concelhos, sobretudo das regiões Norte e Centro mantêm-se hoje em perigo máximo de incêndio devido ao tempo quente, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Sete pessoas morreram, quatro das quais bombeiros, desde domingo e 40 outras ficaram feridas na sequência dos incêndios que atingem as regiões norte e centro do país.
Por causa do calor, o IPMA emitiu aviso amarelo para os distritos do Porto, Setúbal, Viana do Castelo, Lisboa, Leiria, Aveiro, Coimbra e Braga, pelo menos até às 18:00 de hoje.
O Governo alargou até quinta-feira a situação de alerta devido ao risco de incêndios, face às previsões meteorológicas, e anunciou a criação de uma equipa multidisciplinar para lidar com as consequências dos fogos dos últimos dias, com sede em Aveiro e coordenada pelo ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida.
Um total de 5.321 operacionais, com o apoio de 1.629 viaturas e 24 meios aéreos estão envolvidos hoje no combate aos incêndios em Portugal, a maioria no norte e centro do país.